‘Ferrovia da soja’ é um corredor de exportação |
Conhecida como “ferrovia da soja”, a Brasil Ferrovias surgiu em 4 de março de 2002 integrando três concessões ferroviárias: a Ferronorte, a Ferroban e a Novoeste. A malha ferroviária da Brasil Ferrovias cobre três Estados – São Paulo, Mato Grosso e parte do Mato Grosso do Sul -, ligando o Centro-Oeste e o mercado de São Paulo ao mercado mundial. Serve também Goiás e Minas Gerais pela Hidrovia Tietê-Paraná. Além disso, a Brasil Ferrovias administra a Portofer, empresa responsável pelos 90 km de linhas férreas no Porto de Santos. Com isso, a Brasil Ferrovias se tornou um dos maiores corredores das exportações brasileiras. No ano passado, chegou a transportar um total de 14,439 milhões de toneladas/úteis, ampliando em mais 1,750 milhão de toneladas/úteis o resultado de 2004. A empresa que passou por reestruturação, toca hoje um plano de reorganização do transporte ferroviário de São Paulo, do Centro-Oeste e sua ligação com o Porto de Santos, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com uma frota de 5 mil vagões, 190 locomotivas e 3 terminais próprios em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a empressa tem parcerias e contratos com grandes grupos do agronegócio, além de químicos e petroquímicos. A decisão do juiz deve pegar de surpresa a cadeia de produção que se vale desse meio de transporte. Em janeiro, por exemplo, a Brasil Ferrovias, fechou acordo com a Coopercitrus (Cooperativa dos Cafeicultores e Citricultores de São Paulo). CARLOS FRANCO |