fonte: Cepea

Fenicafé supera expectativas e movimenta o setor cafeeiro com inovação, conhecimento e grandes negócios

Uma das novidades desta edição foi a realização de uma pesquisa interativa entre os participantes, que puderam opinar e sugerir temas para as próximas edições

Com mais de 35 mil visitantes ao longo de seus três dias, a Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura encerrou nesta quinta-feira (10), em Araguari (MG), consolidando-se como um dos maiores eventos da cafeicultura irrigada do país. A expectativa é ultrapassar a marca de meio bilhão de reais em negócios, superando os números registrados na edição anterior.

“A Fenicafé, ano após ano, supera todas as nossas expectativas. Ver o auditório cheio, a participação ativa dos produtores e o interesse nas inovações tecnológicas mostra que estamos no caminho certo. O sucesso dessa edição é resultado de um trabalho coletivo e do compromisso com o fortalecimento da cafeicultura irrigada no Brasil”, afirmou Maria Cecília Araújo, coordenadora geral da Fenicafé.

Maria Cecília também ressaltou que a feira serve como ponto de partida para a criação de conexões duradouras entre empresas e produtores. “As empresas têm a oportunidade de apresentar suas inovações e iniciar diálogos que se transformam em negócios no futuro. Além disso, o ambiente é propício para que as empresas compreendam as necessidades reais dos cafeicultores, permitindo o desenvolvimento de soluções mais alinhadas com as demandas do setor”, destacou.

Promovida pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), com apoio da Fundação Procafé, Prefeitura Municipal de Araguari e Governo de Minas Gerais, a feira reforça seu papel estratégico no desenvolvimento da cafeicultura nacional.

Simpósio valoriza o conhecimento técnico e aproxima o evento dos cafeicultores – Integrado à programação da feira, o Simpósio Brasileiro de Cafeicultura Irrigada foi mais uma vez o ponto alto técnico do evento. Com auditório lotado, o simpósio reuniu cafeicultores, agrônomos, estudantes e pesquisadores de várias regiões do país.

Para o professor Dr. André Luís Teixeira Fernandes, pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Uniube, responsável pelo conteúdo técnico do evento, a Fenicafé reflete e impulsiona o avanço do setor.

“A feira acompanhou a evolução da cafeicultura irrigada no Brasil. Nestes 28 anos de evento – considerando as pausas devido à pandemia – a Fenicafé manteve seu compromisso em oferecer conteúdo de qualidade, reunindo os principais especialistas para debater as tendências e desafios da cafeicultura irrigada.”

Uma das novidades desta edição foi a realização de uma pesquisa interativa entre os participantes, que puderam opinar e sugerir temas para as próximas edições. A iniciativa foi elogiada pelo público e visa aproximar ainda mais o evento das reais necessidades do campo.

“É uma forma de ouvir quem está na ponta, quem vive o dia a dia da lavoura. Isso faz com que a Fenicafé continue sendo um evento feito pelos cafeicultores e para os cafeicultores”, acrescentou Fernandes.

Grandes nomes e temas de impacto marcaram a programação

Entre os destaques, o engenheiro agrônomo José Braz Matiello, da Fundação Procafé/MAPA, apresentou um panorama da evolução tecnológica da cafeicultura brasileira.

“Hoje o Brasil não é só o maior produtor de café do mundo. É também o país com maior produtividade média entre os grandes produtores. Isso é resultado de pesquisa, inovação e muito trabalho no campo”, ressaltou.

Outro momento marcante foi a palestra do Dr. Felipe Santinato, que abordou os desafios na escolha da cultivar ideal para a renovação de lavouras. “Temos muitas possibilidades, mas cada escolha deve levar em conta solo, clima, pragas e o perfil de mercado. Renovar é planejar o futuro da lavoura.”

Já a analista internacional Maja Wallengren trouxe uma visão ousada e realista sobre o futuro da cafeicultura global. Com mais de 30 anos de experiência em quase 70 países produtores, sua participação revelou tendências, desafios e oportunidades que devem impactar a produção e o consumo nos próximos anos. “Os países consumidores enfrentam inúmeros desafios na aquisição e distribuição do produto, e isso afeta diretamente a dinâmica global do mercado”, explicou.

Participação virtual do governador reforça apoio ao setor

A abertura da feira contou com a participação online do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que destacou o protagonismo da cafeicultura mineira e o papel do estado como referência nacional. Ele também mencionou iniciativas como o Selo Verde e o programa Certifica Minas Café, que atestam a origem e a sustentabilidade da produção mineira.

“É uma conquista que mostra o compromisso do setor com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental. Isso é muito importante especialmente para o mercado europeu”, afirmou.

Uma feira cada vez mais estratégica

O presidente da ACA, Cláudio Morales Garcia, celebrou o sucesso da edição e o engajamento de todos os setores envolvidos.

“A Fenicafé mostra que a cafeicultura irrigada tem voz, tem força e tem futuro. A cada ano nos superamos em público, expositores e conteúdo técnico. Saímos daqui com a certeza de que estamos no caminho certo.”

Com mais de 150 expositores, a feira apresentou soluções em irrigação, maquinários, insumos, genética, sustentabilidade e tecnologia digital, além de promover a capacitação de jovens produtores e valorizar os cafés especiais da região.

Próxima edição já no radar

Diante do sucesso, a organização já confirmou a realização da Fenicafé 2026, prometendo uma estrutura ainda mais robusta e participativa. Com os temas sugeridos pelo público e os aprendizados desta edição, a expectativa é de mais um grande encontro em Araguari. “A Fenicafé é mais que um evento. É um movimento pela excelência da cafeicultura brasileira”, finalizou Cláudio Morales.

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