08/12/2006 12:12:09
Por Priscila Machado
Mesmo com previsão de safra menor no próximo ano, os produtores brasileiros de linhas Premium mantêm seus planos de expansão, com aumento de presença no mercado externo. Esses são os casos das fazendas Ipanema e Sertãozinho.
Com uma visão mais jovem graças aos novos acionistas, Gávea Investimentos e Grupo Astro-Lambari, a Ipanema Coffees planeja expandir mais rapidamente. Fechando o ano com um faturamento de US$ 20 milhões e exportando cerca de 80% de tudo o que produz, a empresa irá investir US$ 1,5 milhão ao ano até 2009 para ampliar sua estrutura tecnológica.
A verba, fruto do aporte que houve com a entrada dos novos acionistas e do faturamento da empresa, será dirigida à renovação das lavouras das três fazendas da empresa, infra-estrutura de embarque, com 100% dos contêineres para exportação saindo direto da fazenda, duplicação da capacidade de beneficiamento e secagem, maquinário de preparo e estufagem.
O presidente da Ipanema, Washington Rodrigues, acredita que irá atender a demanda produzindo mais de 80 mil sacas em 2007. “Nossas floradas foram boas, tivemos um bom regime de chuvas e adiantamos os tratos culturais, nossa quebra será pequena”, avaliou. A projeção para o próximo ano é de manter o faturamento em US$ 20 milhões.
O principal foco da Ipanema deve continuar sendo o mercado externo. No Brasil, é exclusividade da Starbucks.
Já a torrefadora da Fazenda Sertãozinho, que fabrica o café Orfeu, deve ampliar sua capacidade de torrefação de 2 mil quilos para 10 mil quilos por mês em 2007. Os investimentos são da ordem de R$ 1 milhão.
Outra meta da diretoria da é passar a exportar café torrado, além do grão. “Estamos fazendo um levantamento junto a importadores para exportar café especial torrado a partir do início de 2007”, revelou o diretor-geral da Sertãozinho, José Renato Dias.
A fazenda, que exporta cerca de 80% de sua produção para Suíça, Alemanha, EUA, Inglaterra e Japão, produziu 12 mil sacas e teve um de faturamento de R$ 6,5 milhões.