Fazendas de café se apoiam em programas de certificação para criar ambiente de negócios mais sustentável

A agricultora Maria Selma Magalhães Paiva e seu marido Afrânio José Ferreira Paiva, donos da fazenda Recanto, no município de Machado, no sul de Minas Gerais, são produtores de café há dez anos.

14 de setembro de 2017 | Sem comentários Produção Sustentabilidade

 O aniversário de uma década é emblemático. Os cafés com certificados têm se tornado um nicho de mercado cada vez mais promissor no País. Isso porque o consumidor vem reconhecendo o esforço por trás das certificações, pagando mais pelo produto. Um quilo de café especial pode custar até R$ 100, enquanto o máximo para o grão commodity são cerca de R$ 25. Sem contar que a quantidade de cafeterias tem crescido continuamente. Hoje, o País possui cerca de 3,5 mil casas. O mercado externo também tem sido generoso. No primeiro semestre deste ano já foram 2,2 milhões sacas, sendo os principais destinos os Estados Unidos, a Alemanha, a Bélgica, a Itália e o Japão.


Na Recanto, de 440 hectares, dos quais o café está em 170 hectares, a certificação é feita pela americana Rainforest Alliance, organização com sede em Nova York e que atua em cerca de 70 países. A fazenda colheu em 2016 seis mil sacas do grão, mantendo o ritmo de crescimento. Na safra anterior foram 5,7 mil sacas e nesta safra a previsão são 6,1 mil sacas. “Nós estamos conseguindo manter uma produtividade média de 38 sacas por hectare há oito anos”, afirma Maria Selma. O desempenho é espetacular. A média brasileira é de 25 sacas por hectare. “Nosso café tem boa liquidez, qualidade e um histórico de mercado.” Por causa dos cuidados com o cultivo, o casal obteve um ganho extra de R$ 20 por saca.


Assim, a receita do ano passado foi de R$ 3,2 milhões, ante 2,9 milhões em 2015. Maria Selma diz que os desafios de produzir café são grandes. Para ela, o maior deles e o custo de produção em função da topografia acidentada da propriedade. Apenas 60% da propriedade é mecanizada, o que levou o custo da safra passada para R$ 390 por saca produzida, valor equivalente a 40% de uma saca do grão. Na década, a família já investiu cerca de R$ 500 mil para tornar a fazenda sustentável. Usaram o dinheiro para construir corredores ecológicos, por exemplo, e também em uma torrefação. “Ter uma fazenda com práticas sustentáveis abre as portas para um mercado maior e mais valorizado”, afirma Afrânio.


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Fonte: Dinheiro Rural

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