Fazendas de café recorrem a método simples para melhorar produtividade
Agricultores do Espírito Santo utilizam canos para melhorar a produtividade e contornar a falta de mão de obra na colheita.
Na contramão de tanta tecnologia, as fazendas de café do Espírito Santo estão recorrendo a um método super simples e eficiente para melhorar a produtividade e contornar a falta de mão de obra na colheita. É que gente que trabalhava na lavoura e preferiu optar por outras áreas, como o comércio.
Lá em cima, no alto do cafezal, ele pergunta.
Agricultor: O café já chegou aí?
Agricultora: Chegou.
Agricultor: Já vai outro.
Lá embaixo, ela responde.
Agricultora: Espera um pouquinho que eu vou trocar o saco agora.
A comunicação do casal de agricultores é através de um tubo, no meio do cafezal.
“É curioso, um cano no meio da lavoura. Interessante”, diz.
Esse cano está facilitando o trabalho na colheita. Para pegar o café maduro, o agricultor tem subir e descer o terreno inclinado, levando os sacos carregados de café. É tão difícil que em algumas fazendas não dá para colher tudo e o café estraga no pé. Lá também era assim, até que Seu João percebeu que o cano não serve só para irrigação. Poderia ser usado como um escorregador para o café. Emendou os tubos de PVC. E morro abaixo ele despeja os grãos.
Na outra ponta, esposa dele recebe café. E assim o trabalho rende muito mais.
“Eu apanho até três sacos a mais de café por dia tendo os tubos. Então todo dia eu ganho mais dinheiro”, afirma o agricultor João.
Outros agricultores aqui dizem que já usaram os canos. Mas ultimamente, com a dificuldade de mão e obra para trabalhar na colheita do café, os tubos se espalharam pelas lavouras. Seu Daniel emendou 300 metros de cano. Amarrou bem na pedra. E deu o sinal.
Os grãos caem direto na caminhonete. Em dez minutos a carroceria está cheia.
“Se não fosse o cano estaria tudo lá em cima ainda”, conta o agricultor.
Outra vantagem está na qualidade. Com os canos o café maduro fica menos tempo na lavoura e vai mais rápido para os terreiros, onde os grãos são secos. Nos cafezais das montanhas capixabas, entrar pelo cano.
“Está sendo ótimo”, brinca João.
24/07/2014
Agricultores do Espírito Santo utilizam canos para
melhorar a produtividade e contornar a falta de mão de obra na colheita.
Na contramão de tanta tecnologia, as fazendas de café do Espírito Santo
estão recorrendo a um método super simples e eficiente para melhorar a
produtividade e contornar a falta de mão de obra na colheita. É que gente que
trabalhava na lavoura e preferiu optar por outras áreas, como o comércio.
Lá em cima, no alto do cafezal, ele pergunta.
Agricultor: O café já chegou
aí?
Agricultora: Chegou.
Agricultor: Já vai outro.
Lá embaixo, ela
responde.
Agricultora: Espera um pouquinho que eu vou trocar o saco
agora.
A comunicação do casal de agricultores é através de um tubo, no meio do
cafezal.
“É curioso, um cano no meio da lavoura. Interessante”, diz.
Esse cano está facilitando o trabalho na colheita. Para pegar o café maduro,
o agricultor tem subir e descer o terreno inclinado, levando os sacos carregados
de café. É tão difícil que em algumas fazendas não dá para colher tudo e o café
estraga no pé. Lá também era assim, até que Seu João percebeu que o cano não
serve só para irrigação. Poderia ser usado como um escorregador para o café.
Emendou os tubos de PVC. E morro abaixo ele despeja os grãos.
Na outra ponta, esposa dele recebe café. E assim o trabalho rende muito
mais.
“Eu apanho até três sacos a mais de café por dia tendo os tubos. Então todo
dia eu ganho mais dinheiro”, afirma o agricultor João.
Outros agricultores aqui dizem que já usaram os canos. Mas ultimamente, com a
dificuldade de mão e obra para trabalhar na colheita do café, os tubos se
espalharam pelas lavouras. Seu Daniel emendou 300 metros de cano. Amarrou bem na
pedra. E deu o sinal.
Os grãos caem direto na caminhonete. Em dez minutos a
carroceria está cheia.
“Se não fosse o cano estaria tudo lá em cima ainda”, conta o agricultor.
Outra vantagem está na qualidade. Com os canos o café maduro fica menos tempo
na lavoura e vai mais rápido para os terreiros, onde os grãos são secos. Nos
cafezais das montanhas capixabas, entrar pelo cano.
“Está sendo ótimo”, brinca João.
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