Fazenda Santa Monica aposta no potencial de mercado do café especial

Empresa investiu na abertura de um escritório em Miami (EUA)

6 de agosto de 2015 | Sem comentários Comércio

Michelle Valverde / Diario do Comércio 

O mercado crescente para os cafés especiais e de qualidade diferenciada tem incentivado os investimentos na Fazenda Santa Monica, localizada em Machado, no Sul de Minas. Somente neste ano, a empresa investiu na abertura de um escritório em Miami e na comercialização de cápsulas de café. As medidas adotadas são consideradas fundamentais para expandir a atuação no mercado mundial, agregar valor ao produto e divulgar a qualidade do café brasileiro no mundo.


De acordo com o diretor do Café Gourmet Santa Monica e da Fazenda Santa Monica, Arthur Moscofian Júnior, a abertura do escritório em Miami é vista como estratégica para ampliar a comercialização em outros mercados. No País, que é o maior consumidor mundial de café, serão comercializados cafés torrado e verde, para filtro, em cápsulas e grãos para expresso.


“Estamos otimistas com a abertura do escritório em Miami. Com pouco tempo de funcionamento já conseguimos contratos e queremos ingressar também nas redes de atacado. Atuar nos Estados Unidos é o primeiro passo para entrar em outros mercados mundiais, como por exemplo o Canadá, Austrália e Japão, países que têm exigências sanitárias e agroecológicas tão severas como as dos EUA”, ressalta.


A empresa também vem apostando no mercado de monodose, que além de agregar grande valor ao produto tem atraído cada vez mais os consumidores pela praticidade. As cápsulas de café são desenvolvidas com tecnologia que preservam as características do café, garantindo aos compradores um produto de qualidade. Compatíveis com a máquina Nespresso, o produto é comercializado em embalagens com 10 unidades.


“A monodose de café é uma das grandes tendências mundiais. Lançamos as cápsulas há duas semanas e vamos entregar, primeiramente, em supermercados e empórios de São Paulo. Nosso objetivo é expandir, gradualmente, a comercialização até atingir as principais capitais do País. Mas tudo dependerá da logística, que se não for bem pensada torna os custos muito elevados. Enviamos amostras do produto para os Estados Unidos, que tem grande demanda. O retorno dos clientes tem sido muito positivo”, observa Moscofian.


Produção – Localizada a 1,2 mil metros de altitude, a propriedade em Machado tem 96 alqueires com 500 mil pés de café, onde são produzidos grãos 100% arábica das espécies novo mundo e catuai. A produção média anual gira em torno de 5 mil sacas de 60 quilos. Em 2015, devido à estiagem, a colheita será 10% menor.


De acordo com Moscofian, os investimentos em tecnologia e os cuidados aplicados no cafezal foram fundamentais para minimizar os efeitos da seca. Apesar da quebra de 10% no volume, a qualidade e a peneira dos grãos foram preservados.


A fazenda possui sistema de plantio sustentável com fertirrigação por gotejamento que aumenta a produtividade e garante um percentual de até 80% de grãos arábica com características gourmet. O sistema também contribui para o uso racional da água e da aplicação correta de insumos, que são distribuídos conforme a demanda de cada planta evitando a contaminação do meio ambiente e o uso excessivo.


“Apesar de o clima não ter sido muito favorável para a safra, conseguimos reduzir o impacto com a fertirrigação, com isso, estamos colhendo um café de qualidade superior e peneira alta. Do total produzido na Santa Monica comercializamos 70% no mercado nacional e 30% são exportados para Grécia, Estados Unidos e China”, enfatiza Moscofian.


A entrada de um café de alta qualidade no mercado nacional é vista por Moscofian como promissora, já que o brasileiro vem valorizando a bebida diferenciada. “O consumidor, em períodos de crise, não pode perder um investimento, por isso ele paga mais por café de qualidade, sabendo que a bebida será diferenciada. O Brasil é o segundo maior consumidor de café, atrás apenas dos Estados Unidos, e o produtor que não investir na qualidade ficará fora do mercado. Se a bebida destinada ao mercado interno for de qualidade, o consumo será maior”, avali

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Fazenda Santa Monica aposta no potencial de mercado do café especial

Por: Diário do Comércio

Empresa investiu na abertura de um escritório em Miami (EUA)

Michelle Valverde


O mercado crescente para os cafés especiais e de qualidade diferenciada tem incentivado os investimentos na Fazenda Santa Monica, localizada em Machado, no Sul de Minas. Somente neste ano, a empresa investiu na abertura de um escritório em Miami e na comercialização de cápsulas de café. As medidas adotadas são consideradas fundamentais para expandir a atuação no mercado mundial, agregar valor ao produto e divulgar a qualidade do café brasileiro no mundo.


De acordo com o diretor do Café Gourmet Santa Monica e da Fazenda Santa Monica, Arthur Moscofian Júnior, a abertura do escritório em Miami é vista como estratégica para ampliar a comercialização em outros mercados. No País, que é o maior consumidor mundial de café, serão comercializados cafés torrado e verde, para filtro, em cápsulas e grãos para expresso.


“Estamos otimistas com a abertura do escritório em Miami. Com pouco tempo de funcionamento já conseguimos contratos e queremos ingressar também nas redes de atacado. Atuar nos Estados Unidos é o primeiro passo para entrar em outros mercados mundiais, como por exemplo o Canadá, Austrália e Japão, países que têm exigências sanitárias e agroecológicas tão severas como as dos EUA”, ressalta.


A empresa também vem apostando no mercado de monodose, que além de agregar grande valor ao produto tem atraído cada vez mais os consumidores pela praticidade. As cápsulas de café são desenvolvidas com tecnologia que preservam as características do café, garantindo aos compradores um produto de qualidade. Compatíveis com a máquina Nespresso, o produto é comercializado em embalagens com 10 unidades.


“A monodose de café é uma das grandes tendências mundiais. Lançamos as cápsulas há duas semanas e vamos entregar, primeiramente, em supermercados e empórios de São Paulo. Nosso objetivo é expandir, gradualmente, a comercialização até atingir as principais capitais do País. Mas tudo dependerá da logística, que se não for bem pensada torna os custos muito elevados. Enviamos amostras do produto para os Estados Unidos, que tem grande demanda. O retorno dos clientes tem sido muito positivo”, observa Moscofian.


Produção – Localizada a 1,2 mil metros de altitude, a propriedade em Machado tem 96 alqueires com 500 mil pés de café, onde são produzidos grãos 100% arábica das espécies novo mundo e catuai. A produção média anual gira em torno de 5 mil sacas de 60 quilos. Em 2015, devido à estiagem, a colheita será 10% menor.


De acordo com Moscofian, os investimentos em tecnologia e os cuidados aplicados no cafezal foram fundamentais para minimizar os efeitos da seca. Apesar da quebra de 10% no volume, a qualidade e a peneira dos grãos foram preservados.


A fazenda possui sistema de plantio sustentável com fertirrigação por gotejamento que aumenta a produtividade e garante um percentual de até 80% de grãos arábica com características gourmet. O sistema também contribui para o uso racional da água e da aplicação correta de insumos, que são distribuídos conforme a demanda de cada planta evitando a contaminação do meio ambiente e o uso excessivo.


“Apesar de o clima não ter sido muito favorável para a safra, conseguimos reduzir o impacto com a fertirrigação, com isso, estamos colhendo um café de qualidade superior e peneira alta. Do total produzido na Santa Monica comercializamos 70% no mercado nacional e 30% são exportados para Grécia, Estados Unidos e China”, enfatiza Moscofian.


A entrada de um café de alta qualidade no mercado nacional é vista por Moscofian como promissora, já que o brasileiro vem valorizando a bebida diferenciada. “O consumidor, em períodos de crise, não pode perder um investimento, por isso ele paga mais por café de qualidade, sabendo que a bebida será diferenciada. O Brasil é o segundo maior consumidor de café, atrás apenas dos Estados Unidos, e o produtor que não investir na qualidade ficará fora do mercado. Se a bebida destinada ao mercado interno for de qualidade, o consumo será maior”, avalia.

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