Apesar de oferecer bons salários, viagens e acesso ao topo da carreira, a profissão de marítimo está afundada na carência de pessoal. O diretor de Desenvolvimento de Negócios da V. Ships – líder mundial em contratação de marítimos e gestão de frotas -, Manolo Veladini, fala à coluna da falta de vocações para o mar, principalmente de oficiais. “Na Europa é pior, pois os jovens não querem mais ir para o mar. O problema já afeta até países de menor renda” constata Veladini. Com sede em Mônaco, a V. Ships tem 70 escritórios no mundo (o do Brasil fica no Rio), controla 900 navios e mais de 26 mil marítimos. Quem é casado, então, não quer saber de trabalhar embarcado, longe da família. Como há recorde de encomenda de navios a estaleiros de todo o mundo, a falta de marítimos em geral, e de oficiais em particular, tende a agravar-se.