Caconde, SP (Foto: Reprodução/EPTV)
O cafeicultor Mário Ferrari observa com atenção a produção que mantém em 300 hectares de terra em Caconde e em outras duas cidades de Minas Gerais. A adubação que precisa ser feita duas vezes a cada ciclo está atrasada. “É em razão da falta de chuva e o pé de café não sabe esperar, o ciclo é normal e se não fazer naquele tempo, não adianta mais fazer”, disse.
No cafezal, os efeitos do clima provocam a chamada escalcadura, uma marca de queimado nas folhas, e alguns grãos não cresceram como o esperado. O resultado disso é uma diminuição na produtividade e o surgimento de pragas pode fazer com que os grãos sejam perdidos. “Quanto mais sol, mais facilita a transição da broca”, disse Ferrari. “Ela ataca o fruto e causa perdas de qualidade, peso e até o aspecto do café, o que pra janeiro não é normal”, comentou o técnico agrícola Ademir Rabelo.
O agrônomo Marcos Mesquita explica que a situação é preocupante. “A chuva normal no mês de janeiro é de 300 milímetros e neste ano não chegou nem a 100 milímetros, e essas chuvas são muito esparsas”, explicou.