Falta de chuva e calor prejudicam produção de café em Caconde, SP

28 de janeiro de 2014 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado


27/01/2014 20h48 – Atualizado em 27/01/2014 20h48



Queda na safra pode chegar até 20%, segundo cafeicultores da cidade.
Além do clima, aparecimento de pragas também preocupa produtores.


Do G1 São Carlos e Araraquara








 

A falta de chuva e o calor excessivo neste início de ano prejudicam a produção de café em Caconde (SP) e a queda na safra pode chegar a 20%, segundo os agricultores. Além dos problemas com o clima, os produtores temem também o surgimento de pragas na lavoura.

Caconde tem a maior área plantada de café do Estado de São Paulo. São 10 mil hectares divididos em 2,1 mil propriedades. Uma delas é de Ademar Pereira, que tem uma fazenda de 40 hectares e já faz as contas dos prejuízos. Por causa do clima, em muitos pés está ocorrendo a chamada mumificação dos grãos. “Com a falta de água o fruto se perde e o prejuízo é talvez de 15% a 20%”, afirmou.




Cafeicultor teme perda na safra de café em Caconde, SP (Foto: Reprodução/EPTV)

Cafeicultor teme perda na safra de café em
Caconde, SP (Foto: Reprodução/EPTV)

O cafeicultor Mário Ferrari observa com atenção a produção que mantém em 300 hectares de terra em Caconde e em outras duas cidades de Minas Gerais. A adubação que precisa ser feita duas vezes a cada ciclo está atrasada. “É em razão da falta de chuva e o pé de café não sabe esperar, o ciclo é normal e se não fazer naquele tempo, não adianta mais fazer”, disse.

No cafezal, os efeitos do clima provocam a chamada escalcadura, uma marca de queimado nas folhas, e alguns grãos não cresceram como o esperado. O resultado disso é uma diminuição na produtividade e o surgimento de pragas pode fazer com que os grãos sejam perdidos. “Quanto mais sol, mais facilita a transição da broca”, disse Ferrari. “Ela ataca o fruto e causa perdas de qualidade, peso e até o aspecto do café, o que pra janeiro não é normal”, comentou o técnico agrícola Ademir Rabelo.

O agrônomo Marcos Mesquita explica que a situação é preocupante. “A chuva normal no mês de janeiro é de 300 milímetros e neste ano não chegou nem a 100 milímetros, e essas chuvas são muito esparsas”, explicou.

Mais Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.