Café assumiu um papel de destaque na economia brasileira no século XIV
A mostra “O café no Brasil: um olhar a partir da vida privada” reúne documentos e fotos para traçar um panorama da vida no país nos tempos em que a lavoura cafeeira representava a principal riqueza brasileira.
Inaugurada na última terça-feira (7) na Casa de Rui Barbosa, a mostra cobre o período entre os anos de 1881 e 1930, quando a produção nacional do grão chegou a representar 60% de todo o volume produzido no planeta. É nesta fase, também, que as fazendas do Vale do Rio Paraíba se destacam e passam a ser decoradas como pequenos palácios, revelando a riqueza dos barões do café no Rio e em São Paulo.
Introduzido no Brasil no século XVIII, o café só assumiu um papel de destaque na economia brasileira no século seguinte, com a decadência do garimpo de ouro e das lavouras tradicionais (cana-de-açúcar, algodão e tabaco). Antes, servia apenas para o consumo doméstico nas fazendas e propriedades onde era plantado.
Uma das curiosidades da mostra é a patente de um inseticida e restaurador dos cafeeiros, com a qual Dom Pedro II garante a propriedade de invenção ao Dr. Daniel Pedro Ferro Cardozo em 1885.
“Esta é a nossa terceira exposição com material do arquivo”, conta Lucia Maria Velloso, chefe do arquivo Histórico-Institucional da Fundação Casa de Rui Barbosa. “No ano que vem, além de uma mostra relacionada com escravidão e abolição, teremos uma exposição sobre o carnaval e outra sobre os 450 anos da cidade do Rio de Janeiro”, completa.