Exportadoras de café divergem na expectativa das perdas causadas pela geada

A trader Comexim espera uma queda de quase 20% no potencial de produção para o sul de Minas Gerais, a maior região produtora no Brasil.

19 de agosto de 2021 | Sem comentários Comércio
Por: Por Reuters
As geadas que atingiram lavouras de café no Brasil recentemente devem causar uma perda de cerca de 4% na produção da próxima temporada, estimou a consultoria Tropical Research Services (TRS) em videoconferência organizada pela Intercontinental Exchange Inc.
“As geadas foram eventos moderados, não tão severos como vimos em 2001 e 1994?, disse Steve Wateridge, chefe global da empresa.
Wateridge afirmou que a TRS espera uma perda de cerca de 2,7 milhões de sacas de 60 quilos no potencial de safra de café de 2022/23, devido às geadas, levando em consideração que a estimativa inicial da consultoria para a temporada era de cerca de 68 milhões de sacas no ano que vem, no maior produtor e exportador do mundo.
A estimativa de perda da TRS é uma das menores vistas até agora no mercado.
A exportadora brasileira Guaxupé vê um potencial de perda de 4,5 milhões de sacas, enquanto a trader Comexim espera uma queda de quase 20% no potencial de produção para o sul de Minas Gerais, a maior região produtora no Brasil.
Wateridge disse que a TRS enviou pessoas para lavouras brasileiras nas áreas afetadas após as geadas e verificou a situação dos cafezais.
Para ele, a atual seca no Brasil terá maior impacto do que as geadas.
A TRS atualmente estima uma perda de 6,3 milhões de sacas para o potencial de produção do café arábica da próxima temporada, devido à seca.
Ele espera ainda que a atual alta dos preços de café, caso permaneçam, irão impulsionar a produção em outros países, possivelmente compensando as perdas com geadas vistas no Brasil.

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