Exportações podem cair, diz estudo |
Apesar do bom desempenho das exportações em 2005, o país corre o risco de ver suas vendas externas caírem, caso o real se mantenha valorizado. A opinião é do economista Celso Toledo, da MCM Consultores. A manutenção das exportações a despeito do câmbio valorizado, para ele, é explicada por um fenômeno segundo o qual as empresas decidem manter as vendas para não arcar com os custos da mudança de comportamento. Toledo afirma que esse processo já ocorreu no país no passado. “No início dos anos 90, com a abertura e a estabilização, as exportações entraram em um ciclo favorável. A valorização cambial, por um período, não afetou o comércio exterior”, diz. Entretanto, quando a valorização atingiu um patamar expressivo, as exportações reagiram negativamente. O economista acredita na possibilidade de o país viver em breve esse movimento de recuo nas exportações. Segundo ele, o perigo do movimento está na dificuldade para convencer as empresas a voltarem a exportar. “A questão é que, tomada essa decisão [parar de exportar], não basta a taxa cambial retornar ao nível inicial para incentivar as empresas a arcar com os custos de investir em exportações novamente.” Segundo o estudo, o custo para deixar de exportar é bem mais baixo do que o de começar a vender para o exterior. “Se isso for verdade, o processo no Brasil já pode estar em andamento.” Toledo cita dados do Ministério do Desenvolvimento para sustentar a hipótese. O número de empresas exportadoras passou de 17,7 mil entre janeiro e outubro de 2004 para 16,9 mil no mesmo período do ano passado. Para o economista, é difícil afirmar que o sucesso das exportações esteja ligado apenas a um fenômeno. Outras razões, como a longa estabilidade econômica e a entrada da China no comércio mundial, podem explicar o movimento. PRESTIGIADAS As marcas relacionadas à tecnologia e à saúde estarão em alta em 2006. O mesmo não se pode dizer sobre a cantora Britney Spears, segundo pesquisa de uma consultoria americana divulgada pelo jornal “USA Today”. A categoria com maior potencial de crescimento neste ano é a das empresas de tecnologia. Google, eBay, Amazon e Yahoo! figuram na lista das dez mais prestigiadas. EM QUEDA A área de supermercados registrou queda de 1,3% no faturamento real até novembro de 2005, segundo pesquisa que a Fecomercio SP divulga hoje. O faturamento teve alta de 11,5% em novembro de 2005, ante o mesmo período do ano anterior, mas, para a entidade, o desempenho se deve a uma base de comparação fraca. Novembro de 2004 foi o pior resultado do segmento no ano. A Fecomercio avalia ainda ser possível que o setor feche no azul em 2005. NOVOS PROJETOS O Catherine, novo restaurante que sucede o Café Antiqüe, nos Jardins, é apenas um dos empreendimentos dos irmãos Malu e Pedro Paulo Facchini. Recentemente, ela rebatizou o Josephine da Oscar Freire, que passou a se chamar Caroline, e inaugura uma fábrica de massas no Brás. “Em breve devo fazer alguma reforma no Caroline, mas só alguns detalhes de manutenção. O cardápio continuará o mesmo”, diz Malu. A fábrica de massas no Brás vai abrigar, em um espaço mais amplo e moderno, a produção que a chef já fornece para delicatessens e supermercados de luxo, como o Empório Santa Maria e o Empório São Paulo, além dos hotéis Meliá Mofarrej, Transamérica e Novotel. No Catherine, a proposta é funcionar em esquema das 12h às 2h, desde o almoço até o jantar, com intervalo para o “happy hour”. GUERRA FISCAL Mais uma guerra fiscal entre Estados desponta em 2006. O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, vetou a saída do Rio e do Rio Grande do Norte do convênio que isenta de ICMS as operações aduaneiras de bens aplicados na produção de petróleo e gás natural. Hartung não ratificou o convênio como forma de incentivar a produção local. Segundo ele, o aumento da carga tributária gerado com a saída dos Estados pode frear os investimentos estrangeiros no Brasil. DIAGNÓSTICOS A Medial Saúde deve fechar um contrato para implantação de um centro para digitalização, arquivamento e transmissão de exames. Com um investimento estimado em US$ 2 milhões e produção superior a 400 mil exames por ano, será o maior do gênero no país. O sistema visa dar agilidade nos resultados, economia e maior segurança nos diagnósticos. Inicialmente, somente a rede da Medial Saúde poderá inserir exames, mas os resultados poderão ser consultados por outros médicos. |