Exportações do setor perdem força em 2015

15 de junho de 2015 | Sem comentários Comércio Exportação
Por: DCI

Publicação: 09/06/15


Apesar de ainda manter os embarques maiores que as importações, saldo da balança comercial diminui US$ 4,25 bilhões até maio ante o mesmo período de 2014; soja e carnes recuam vendas


São Paulo – Um dos poucos setores da economia brasileira que ainda mantém saldo comercial positivo, o agronegócio acumula queda de 13,6% nas exportações até maio deste ano. A desaceleração também aparece em São Paulo, cuja participação do segmento é de quase 19% do embarque nacional.


Um dos motivos é que os principais compradores internacionais diminuíram a ação no mercado. Só a China deixou de adquirir cerca de US$ 3 bilhões, fato que se deveu “sobretudo, à redução no valor importado de soja em grão”, diz relatório do Ministério da Agricultura, divulgado ontem (8).


Segundo a pasta, no acumulado do ano, as exportações do setor atingiram US$ 34,13 bilhões, contra os US$ 39,5 bilhões registrados no mesmo período de 2014. As importações diminuíram 15,7%, ao passarem de US$ 7,12 bilhões no ano passado para US$ 6 bilhões. Com estes resultados, o saldo da balança comercial saiu de US$ 32,38 bilhões para US$ 28,13 bilhões em 2015.


Em relação aos segmentos que compõem o agro, os embarques da cadeia de carnes recuaram 16,7% em valor, entre os meses de janeiro e maio. No complexo soja, principal produto exportado, não foi diferente: baixa de 26,3%.


“Em maio de 2015, houve queda, em valor, nas exportações do agronegócio, porém, em quantidade, a queda foi menor em alguns produtos”, avalia a secretária de relações internacionais do agronegócio, Tatiana Palermo, sobre o desempenho mensal. No último período, o valor embarcado foi de US$ 8,64 bilhões, o que representa baixa de 10,5% em relação a maio de 2014.


Em contrapartida, a participação do segmento agrícola foi recorde nas exportações brasileiras, ao alcançar 51,5%. “Na composição do superávit obtido na balança comercial do Brasil no mês, que foi de US$ 2,76 bilhões, o setor agropecuário contribuiu com US$ 7,61 bilhões de saldo positivo, enquanto os demais setores da economia apresentaram mais de US$ 4,85 bilhões de déficit”, enfatiza a executiva.


Desempenho paulista


O resultado da balança comercial do estado de São Paulo seguiu a tendência nacional e teve uma desaceleração até mesmo na participação das exportações paulistas.


No primeiro quadrimestre do ano, as exportações chegaram a US$ 4,83 bilhões, contra US$ 5,8 bilhões do mesmo período de 2014. O saldo passou de US$ 3,74 bilhões para US$ 2,98 bilhões neste ano e a representatividade saiu de 36,1% para 34,5%.


“Temos uma preocupação com essa situação que se deu por uma queda generalizada no valor internacional das commodities agrícolas. Isso penalizou o País como um todo e São Paulo em especial”, diz ao DCI, o secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim.


Para ele, um ponto positivo é que o Estado marcou um recuo menor nas vendas, quando comparado ao desempenho do Brasil, e a perspectiva para o médio prazo é otimista, em função de um incremento na receita que deve vir com a desvalorização do real.


Em um momento adverso, “acho que o País carece de maior agressividade no mercado internacional”, afirma o secretário, na busca pela retomada e abertura de importantes compradores do complexo carnes, por exemplo, cujas discussões estão em andamento.

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Exportações do setor perdem força em 2015

Por: DCI

09/06/15


Apesar de ainda manter os embarques maiores que as importações, saldo da balança comercial diminui US$ 4,25 bilhões até maio ante o mesmo período de 2014; soja e carnes recuam vendas


São Paulo – Um dos poucos setores da economia brasileira que ainda mantém saldo comercial positivo, o agronegócio acumula queda de 13,6% nas exportações até maio deste ano. A desaceleração também aparece em São Paulo, cuja participação do segmento é de quase 19% do embarque nacional.


Um dos motivos é que os principais compradores internacionais diminuíram a ação no mercado. Só a China deixou de adquirir cerca de US$ 3 bilhões, fato que se deveu “sobretudo, à redução no valor importado de soja em grão”, diz relatório do Ministério da Agricultura, divulgado ontem (8).


Segundo a pasta, no acumulado do ano, as exportações do setor atingiram US$ 34,13 bilhões, contra os US$ 39,5 bilhões registrados no mesmo período de 2014. As importações diminuíram 15,7%, ao passarem de US$ 7,12 bilhões no ano passado para US$ 6 bilhões. Com estes resultados, o saldo da balança comercial saiu de US$ 32,38 bilhões para US$ 28,13 bilhões em 2015.


Em relação aos segmentos que compõem o agro, os embarques da cadeia de carnes recuaram 16,7% em valor, entre os meses de janeiro e maio. No complexo soja, principal produto exportado, não foi diferente: baixa de 26,3%.


“Em maio de 2015, houve queda, em valor, nas exportações do agronegócio, porém, em quantidade, a queda foi menor em alguns produtos”, avalia a secretária de relações internacionais do agronegócio, Tatiana Palermo, sobre o desempenho mensal. No último período, o valor embarcado foi de US$ 8,64 bilhões, o que representa baixa de 10,5% em relação a maio de 2014.


Em contrapartida, a participação do segmento agrícola foi recorde nas exportações brasileiras, ao alcançar 51,5%. “Na composição do superávit obtido na balança comercial do Brasil no mês, que foi de US$ 2,76 bilhões, o setor agropecuário contribuiu com US$ 7,61 bilhões de saldo positivo, enquanto os demais setores da economia apresentaram mais de US$ 4,85 bilhões de déficit”, enfatiza a executiva.


Desempenho paulista


O resultado da balança comercial do estado de São Paulo seguiu a tendência nacional e teve uma desaceleração até mesmo na participação das exportações paulistas.


No primeiro quadrimestre do ano, as exportações chegaram a US$ 4,83 bilhões, contra US$ 5,8 bilhões do mesmo período de 2014. O saldo passou de US$ 3,74 bilhões para US$ 2,98 bilhões neste ano e a representatividade saiu de 36,1% para 34,5%.


“Temos uma preocupação com essa situação que se deu por uma queda generalizada no valor internacional das commodities agrícolas. Isso penalizou o País como um todo e São Paulo em especial”, diz ao DCI, o secretário estadual da Agricultura, Arnaldo Jardim.


Para ele, um ponto positivo é que o Estado marcou um recuo menor nas vendas, quando comparado ao desempenho do Brasil, e a perspectiva para o médio prazo é otimista, em função de um incremento na receita que deve vir com a desvalorização do real.


Em um momento adverso, “acho que o País carece de maior agressividade no mercado internacional”, afirma o secretário, na busca pela retomada e abertura de importantes compradores do complexo carnes, por exemplo, cujas discussões estão em andamento.

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