A balança comercial do agronegócio registrou um recorde histórico no acumulado de janeiro a abril, quando as exportações somaram US$ 13,246 bilhões, 8,2% acima do valor embarcado nos primeiros quatro meses de 2005. Diante das importações de US$ 1,998 bilhão, o superávit do setor foi de US$ 11,248 bilhões no quadrimestre. Esse resultado também é um recorde histórico para esses períodos.
Os números constam da balança comercial de abril, divulgada nesta terça-feira (09-05) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O aumento das exportações no quadrimestre se devem ao desempenho dos seguintes grupos de produtos: soja (9,7%), carnes (5,4%), açúcar e álcool (20%), papel e celulose (15,5%) e couro e seus produtos (10,6%).
Em abril, as exportações totalizaram US$ 3,449 bilhões, segundo a SRI. Esse resultado é ligeiramente inferior aos US$ 3,455 bilhões registrados em igual período de 2005. No mês passado, as importações cresceram 17,2%, chegando a US$ 474 milhões. Mesmo assim, a balança comercial do agronegócio teve um saldo de US$ 2,976 bilhões.
Esse desempenho foi provocado pelo leve declínio das exportações dos seguintes grupos de produtos: complexo soja (-6,5%), carnes (-14,4%), e café, chá, mate e especiarias (-14%). Em compensação, o setor registrou aumento dos embarques de fumo e seus produtos (120%), sucos de frutas (65%), cereais e preparações (172%) e leite, laticínios e ovos (31%).
Superávit:
De maio de 2005 a abril, as exportações do agronegócio somaram US$ 44,603 bilhões, 9,9% acima do valor registrado nos 12 meses anteriores, de US$ 40,574 bilhões. As importações totalizaram US$ 5,555, e o superávit chegou a US$ 39,048 bilhões. De acordo com a SRI, os setores que mais contribuíram para o crescimento das exportações nos últimos 12 meses foram: carnes (22%), açúcar e álcool (35,9%), papel e celulose (17,1%) e café, chá, mate e especiarias (18,5%).
Nesse período, as exportações do agronegócio registraram aumento para quase todos os destinos: Europa Oriental (49%), África (20%), e Ásia (11,3%). A União Européia foi o principal comprador brasileiro, com 32% dos embarques totais, seguida pela Ásia, com 20%, e Nafta, com 15%.