Exportações de MG crescem 24,7%

Além disso, produtos de maior valor agregado, como café solúvel e óleo de soja têm registrado aumento em suas vendas, de acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Nélio Brumer, que acredita que Minas Gerais manterá o mesmo des

2 de novembro de 2005 | Sem comentários Comércio Exportação
Por: Hoje em Dia por Luciana Rezende

As exportações mineiras voltaram a registrar, em outubro, novo recorde histórico para um único mês, a despeito do aparecimento de focos de febre aftosa no país e, consequentemente, queda nas encomendas de carne bovina. O Estado atingiu vendas externas superiores a US$ 1,12 bilhão, alta de 24,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O índice ficou acima da média nacional, que foi de 12%. No acumulado do ano, Minas Gerais também cresceu acima da taxa brasileira (22,1%). As vendas alcançaram os US$ 10,92 bilhões, o que significa um aumento de 34,2%, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic).

Com o resultado, o Estado se manteve na segunda posição no ranking dos maiores exportadores brasileiros, perdendo apenas para São Paulo, que exportou, nos últimos dez meses, 31,2 bilhões. A participação dos paulistas chega a 32,27% do total das exportações nacionais, contra 11,31% dos mineiros. O terceiro colocado é o Rio Grande do Sul (8,89%), seguido do Paraná (8,58%). Os produtos básicos e os semimanufaturados, que têm um peso muito importante dentro do comércio exterior de Minas, continuaram tendo um desempenho muito positivo neste ano, com destaque para o minério de ferro, celulose e ferro-liga.

Além disso, produtos de maior valor agregado, como café solúvel e óleo de soja têm registrado aumento em suas vendas, de acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Nélio Brumer, que acredita que Minas Gerais manterá o mesmo desempenho nos últimos dois meses do ano. ‘Apesar de fatores conjunturais adversos como a questão do câmbio e, a partir do mês passado, o surgimento de focos de febre aftosa no país, continuamos com a expectativa de um crescimento das vendas externas mineiras superior a 30% em relação ao ano passado’, destaca o secretário, confiante de que as exportações de novembro e dezembro ficarão novamente acima da média nacional.

A venda de carne bovina pelo Brasil sofreu um decréscimo de 14,4%, na comparação com outubro do ano passado, e de 22,9%, em relação a setembro. No entanto, segundo Brumer, os números do comércio exterior mineiro, contabilizados até o momento, justificam as boas expectativas para o futuro. ‘E certamente consolidaremos a condição de segundo pólo exportador do país’, ressalva Brumer, que está em viagem ao Reino Unido, acompanhando o governador Aécio Neves, em missão para mostrar Minas para potenciais investidores. ‘Os resultados esperados são justamente mais produtos exportados e mais empresas tendo no comércio externo um dos pilares para seu crescimento’, afirmou.

De acordo com o secretário, uma prova de que missões como esta têm surtido efeito é o crescimento, apurado pelo Mdic, das vendas de Minas Gerais para mercados não-tradicionais, especialmente a África, Ásia e Caribe. O Estado, no mês de outubro, foi responsável por 56,8% das vendas brasileiras para Benin, 47,2% para Mali, 47,1% para o Togo, 26,1% para a Costa do Marfim e 28,3% para a Jamaica. Nos últimos 12 meses, as exportações mineiras atingiram US$ 12,78 bilhões, alta de 11,22% sobre 2004

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