As exportações brasileiras de café em grão obtiveram receita de US$ 397,0 milhões em fevereiro, com média diária de US$ 20,9 milhões em 19 dias úteis.
Porto Alegre, 4 de março de 2016 – As exportações brasileiras de café em grão obtiveram receita de US$ 397,0 milhões em fevereiro, com média diária de US$ 20,9 milhões em 19 dias úteis. O volume embarcado totalizou 2.668.800 sacas de 60 quilos, com média diária de 140,5 mil sacas. O preço médio foi de US$ 148,70 por saca em fevereiro. Os dados foram divulgados pela Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Em janeiro de 2016, o Brasil havia obtido receita de US$ 363,4 milhões – média de US$ 18,2 milhões, através das exportações de 2,485 milhões de sacas de café, com média diária de 124,3 mil sacas. O preço médio ficara em US$ 146,20 por saca. Na comparação entre fevereiro de 2016 e janeiro de 2016, as exportações de café subiram 15,0% no valor médio diário e 13,0% na quantidade média diária e o preço médio avançou 1,7%. O volume total de café verde exportado em fevereiro (2.668.800 sacas) subiu 7,4% contra janeiro (2.485.100 sacas).
Em fevereiro do ano passado, a receita das exportações de café havia somado US$ 493,5 milhões (média diária de US$ 27,4 milhões), e o volume embarcado chegara a 2,513 milhões de sacas (média de 139,6 mil sacas/dia), com preço médio de US$ 196,30 por saca. Houve, portanto, em fevereiro de 2016, um declínio de 23,8% em receita média diária, mas um avanço de 0,6% na quantidade média diária embarcada no comparativo com fevereiro de 2015. O preço médio diário nas exportações em fevereiro de 2016 foi 24,2% menor que o de fevereiro de 2015.
As exportações em volume total de café verde em fevereiro de 2016 (2.668.800 sacas) foram 6,2% maiores que o volume de fevereiro de 2015 (2.513.500 sacas).
Safra
A safra brasileira de café 2016/17 foi estimada em 56,25 milhões de sacas de 60 kg pela trading Comexim (Comissária Exportadora e Importadora). Assim, deverá haver um aumento de 13% na produção contra as 49,9 milhões de sacas colhidas na temporada do ano passado, que foi atingida pela seca.
O número da Comexim acaba reforçando um consenso entre as tradings de que o Brasil deve colher este ano entre 54 a 56 milhões de sacas, observa o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach. A Terra Forte apontou a produção em 54,16 milhões de sacas; a Unicafé em 54 milhões; e a Wolthers em 54 milhões também. Barabach lembra que o governo brasileiro, através da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), trabalha com produção de 49,1 a 51,9 milhões de sacas. “Em outros momentos, essa diferença entre o número oficial do governo e o das tradings já foi bem maior”, compara Barabach.
Segundo a Comexim, o Brasil deve colher 44,35 milhões de sacas de café arábica e 11,9 milhões de sacas de conilon. A perspectiva se baseia no retorno das chuvas às regiões produtoras de arábica, que devem melhorar bem a produtividade.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS