Exportações de café recuam 22% no ano, mas vendas de especiais sobem

Por: Folha de Sâo Paulo

07/06/2012 
  

 
 
Vaivém
MAURO ZAFALON – mauro.zafalon@uol.com.br


As exportações de café, incluindo o produto verde e industrializado, recuaram para 10,7 milhões de sacas nos cinco primeiros meses deste ano, 22% menos do que em igual período de 2011.


Ao baixarem para esse patamar, as exportações do produto caíram para o menor volume nos últimos seis anos.


Se consideradas somente as exportações de café verde, a queda é ainda maior (23%), conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e do Cecafé (conselho dos exportadores).


Apesar da queda no início do ano, Guilherme Braga, diretor-geral do Cecafé, considera que os resultados com as exportações ainda serão bons neste ano, semelhantes aos de 2011.


Para ele, embora a safra 2011/12 deva terminar com volume menor do que a 2010/11, os estoques de café seguem baixos, e a demanda, aquecida, o que faz com que os preços se mantenham.


As receitas totais do setor ficaram em US$ 2,7 bilhões de janeiro a maio, valor 18% inferior ao de igual período do ano passado, mas ainda bem acima do registrado nos anos anteriores.


Europa e América do Norte, tradicionais parceiros brasileiros no mercado de café, compraram menos neste ano. A Alemanha, líder nas compras, reduziu as importações para 2 milhões de sacas, 21% menos do que em 2011.


Já os Estados Unidos, o segundo maior mercado para os exportadores brasileiros, compraram 1,9 milhão de sacas, 31% menos do que de janeiro a maio do ano passado.


O lado positivo das exportações é que os cafés arábicas diferenciados -os chamados especiais- já têm participação de 31% no total dos embarques, segundo o diretor-geral do Cecafé.


Suco vermelho O IAC apresenta na próxima semana a “sanguínea mambuca”, uma laranja de polpa vermelha. A coloração é intensa devido à presença do licopeno e de maior teor de betacaroteno.


Acomodação Como previsto, os produtos agropecuários voltaram a ter menor alta no atacado, segundo a consultoria Rosenberg. Recuaram de 1,04% em abril para 0,67% no mês passado no IGP-DI da FGV.


Mais queda O álcool hidratado mantém queda (0,3%) nos postos de São Paulo nesta semana.


Commodities agrícolas registram alta no exterior


Os produtos agrícolas tiveram forte elevação de preços no mercado externo, ontem. De forma geral, o impulso veio de avaliações de autoridades monetárias de que a economia mundial poderá ter novas ações de suporte para que haja crescimento.


Em alguns casos, dólar e problemas específicos de cada setor auxiliaram na alta. O açúcar, por exemplo, subiu devido aos efeitos da safra menor e à possibilidade de as usinas produzirem mais álcool do que açúcar, devido à equiparação financeira dos ganhos dos dois produtos.


Em Chicago, soja, trigo e milho voltaram a recuperar preços, mas, mesmo com a alta, praticamente todas as commodities agrícolas têm valores menores do que em igual período de 2011. 

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