12/07/2012
No ano-safra 2011/12, encerrado em junho, as exportações de café registraram queda de 15% em volume ante o ciclo anterior (2010/11), para 29,768 milhões de sacas. Já a receita foi de US$ 7,841 bilhões, aumento de 5,6% sobre os US$ 7,423 bilhões apurados no ano-safra anterior.
As exportações de café arábica “diferenciados” (orgânicos, certificados, especiais) totalizaram 4,857 milhões de sacas no ano-safra 2011/12, 33,3% menos que no ciclo anterior . Mas o preço médio desses produtos aumentou 18,2% na mesma base de comparação ? de US$ 283,19 para US$ 334,83 por saca, segundo dados do Cecafé.
Já o embarque de café robusta diferenciado, também conhecido como conilon, cresceu 37,7% para 205.377 sacas. O preço médio do grão também subiu 13,2%, para US$ 176,75 por saca. O café robusta, diferentemente do arábica, não tem ciclo bienal (safra de boa produção seguida por outra com menos volume). Além disso, o número expressa a demanda desse tipo de grão para os blends com o arábica, dentro da tendência mundial de aumento do uso do robusta.
Para Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o desempenho da safra 2011/2012 foi dentro do esperado. Apesar do volume exportado ter apresentado uma redução de aproximadamente 5 milhões de sacas, por conta da bianualidade da cultura, a receita superou a da safra anterior em US$ 417,551 milhões.
Em junho, as exportações totais de café (grão verde e industrializado) somaram 1,88 milhão de sacas, queda de 31,06% sobre em relação ao mesmo mês no ano passado. A receita caiu de US$ 719,8 milhões para US$ 407,78 milhões na mesma base de comparação.
Mas Braga afirma que ainda é cedo para se ter uma projeção do próximo ano-safra, que se inicia neste mês. “Porém estamos cautelosos quanto ao volume e à qualidade do café que serão produzidos, em função das fortes chuvas que vêm ocorrendo em regiões produtoras. Nesse caso, a variedade