Exportações de café do Vietnã sobem 13% em volume e caem 5% em receita

01/12/2009 – 13:31:54

Em novembro de 2008, o Vietnã exportou 71 mil toneladas

Estimativas divulgadas pelo Serviço Geral de Estatísticas (General Statistics Office – GSO) dão conta que as exportações de café do Vietnã, em novembro, totalizarão 80.000 toneladas, ou 1,33 milhão de sacas de 60 quilos, no valor de US$ 115 milhões. Em volume, os números representam uma alta de 13%. Mas em valor, uma queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Até agora na atual safra, que começou em outubro, o Vietnã exportou 135.000 toneladas ou 2,25 milhões de 60 sacas, 23% a mais que no ano anterior.

Em novembro de 2008, o Vietnã exportou 71 mil toneladas, no valor de US$ 121 milhões. O GSO revisou as exportações de café do país de outubro para 55.000 toneladas, menos que a estimativa anterior, de 60.000 toneladas.

Na última semana, o café se manteve entre os 135 centavos de dólar por libra-peso e 140 centavos de dólar por libra-peso, encerrando o período com ganhos de US$ 3.04 por saca na ICE, e praticamente inalterado na BM&F e Liffe. Do lado do robusta a novidade foi a desvalorização oficial de 5% do Dong, moeda vietnamita. No mercado negro a moeda está ainda mais fraca do que o governo ajustou, ao mesmo tempo que a inflação do país aumenta.

No físico, a demanda continua dosada, com torradores comprando da mão para a boca. Os diferenciais firmaram mais para Colômbia, que no atual ano calendário deve produzir menos de 8 milhões de sacas, patamar que produzia na década de 70. O mercado para outros suaves não sofreu muita alteração de preço, e a disponibilidade teve apenas uma tímida melhora.

No Brasil, os produtores estão quebrando a cabeça e gastando mais dinheiro para tentar entregar café ao governo. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) tem sido criteriosa na classificação dos cafés que estão sendo entregues contra o plano de opções.

O problema é que o produtor só sabe se seu café foi ou não aprovado depois que já preparou e transportou o café até os armazéns do órgão, e quando seu café é reprovado ele acaba tendo que gastar mais para levar o café de volta para o armazém de origem e prepará-lo.