Publicação: 12/09/07
As exportações baianas somaram US$ 677,3 milhões em agosto. De acordo com o Promo – Centro Internacional de Negócios da Bahia, o resultado é o melhor alcançado nesse mês desde o início de realização da estatística em 1970. A receita das vendas externas superou em 16,7% as de julho de 2007 e 3,4% as do mesmo período do ano passado. As importações totalizaram US$ 507,2 milhões, registrando um saldo positivo na balança comercial de US$ 170,5 milhões no mês de agosto.
Segundo o superintendente do Promo, Ricardo Saback, a alta dos preços internacionais tem sido o principal fator de incremento de receita das exportações baianas, diante de um volume físico declinante por causa da valorização do real. “Com o mercado internacional comprador, medidas e políticas que aumentem a competitividade, com redução de impostos, juros menores e melhorias na infra-estrutura, poderão prolongar bastante o animado fôlego exportador”, comenta.
Na avaliação de Saback, a tendência é que, enquanto fatores como o câmbio não sofrerem mudanças significativas que venham a estimular um incremento no volume físico exportado, o efeito da valorização do real nas exportações – que é mais sentido na redução das quantidades exportadas – deve continuar a ser compensado pelo aumento dos preços de várias mercadorias no mercado internacional. No acumulado de janeiro a agosto, as vendas externas baianas atingiram US$ 4,6 bilhões e as importações a US$ 3,5 bilhões, gerando um saldo de US$ 1,1 bilhão nos primeiros oito meses do ano. Segundo Saback, o crescimento das exportações de janeiro a agosto teve como base o aumento médio de 10% nos preços dos produtos, já que houve queda de 2,6% nas quantidades embarcadas. “Em 2006, no mesmo período, o aumento dos preços foi 28%, mas a queda no volume exportado chegou a 8,8%”.
Na pauta de produtos industrializados, destacaram-se cátodo de cobre, com vendas de US$ 440,2 milhões, celulose com US$ 480 milhões, benzeno US$ 133 milhões e pneus com US$ 134 milhões. Já os melhores desempenhos entre os produtos básicos foram farelo de soja (US$ 139,3 milhões), soja em grão (US$ 138,2 milhões), café em grão (US$ 60,9 milhões) e algodão (US$ 56,8 milhões).
Já as importações, nos primeiros oito meses do ano, cresceram 49,2% nos bens de capital e 26% nos bens de consumo. Incrementaram as compras externas, automóveis, minério de cobre, trigo, cacau, fertilizantes e máquinas e aparelhos para a indústria de celulose.