Exportação do agronegócio aos países árabes cresceu 44% em janeiro

Autor: ANBA

As exportações do agronegócio brasileiro para os países árabes renderam US$ 349,3 milhões em janeiro deste ano, um aumento de 44,4% em comparação com o mesmo mês do ano passado. O volume embarcado foi de 684,4 mil toneladas, um crescimento de 47%, segundo dados do Ministério da Agricultura obtidos ontem pela ANBA.

Em termos de receitas, o aumento das vendas aos árabes foi muito superior ao crescimento geral das exportações do setor, que ficou em 28,7% em janeiro. Além disso, a participação do mercado árabe no total dos embarques saiu de 8,26% em janeiro de 2006 para 9,26% no primeiro mês deste ano. O valor total das exportações do agronegócio no mês foi de US$ 3,772 bilhões.

“O mercado árabe continua a apresentar novas oportunidades de negócios para o agronegócio brasileiro”, observou o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Antonio Sarkis Jr. Prova disso é que três países da região estão entre os 20 maiores importadores do setor: Arábia Saudita, que comprou o equivalente a US$ 56 milhões em janeiro; Emirados Árabes Unidos (US$ 49,6 milhões); e Egito (US$ 47 milhões). “Além destes países estarem entres os principais compradores do Brasil, outros aumentaram suas importações de maneira significativa”, disse Sarkis.

Entre os exemplos estão a Argélia, quarta maior importadora entre os árabes, que comprou o equivalente a US$ 27,3 milhões do Brasil, seis vezes mais do que em janeiro do ano passado; o Iraque, cujas importações ficaram em US$ 21,4 milhões, ou 158% a mais; a Síria que importou US$ 20,3 milhões, valor sete vezes maior do que o registrado em janeiro de 2006; Líbano (US$ 20 milhões, 60,8% de crescimento); Tunísia (US$ 15,8 milhões, oito vezes mais); Líbia (15,7 milhões, nove vezes mais); e Kuwait (US$ 13,3 milhões, 20,6% de aumento).

Entre os principais compradores do mundo árabe, o destino que mais cresceu, no entanto, foi o Iêmen, com compras de US$ 13,1 milhões, quase 27 vezes mais do que em janeiro do ano passado. Também tiveram desempenhos significativos as exportações para a Mauritânia (US$ 7,2 milhões, 19 vezes mais); Omã (US$ 4,6 milhões, 26,6% de crescimento); Catar (US$ 4 milhões, 27,5% de aumento); Jordânia (US$ 3,4 milhões, um acréscimo de 42,8%); e Bahrein (US$ 3,3 milhões, 107% a mais).

“Independentemente da política cambial, a competitividade dos produtos do agronegócio brasileiro é imbatível”, afirmou o secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby. Entre os principais produtos exportados estão açúcar, carnes, café, mercadorias de origem florestal, bovinos vivos, lácteos, fumo, fibras e produtos têxteis, couros e produtos de couro, sucos de frutas, frutas e chás, mates e preparações. Com exceção dos animais vivos e dos couros, todas estas mercadorias tiveram crescimentos expressivos em suas exportações.

Alaby observou que mais do que um ganho de receita, as exportações do agronegócio para os árabes registraram um aumento ainda maior (47%) no volume embarcado. “Isto é excelente, o preço teve seu efeito, mas o crescimento da quantidade vendida foi ainda maior e isto mostra que estão sendo comercializadas mais culturas, o que gera mais empregos”, concluiu.