Cotações do café arábica sobem com previsão de frio e chuva no país. Indicador Cepea/Esalq, em São Paulo, fechou na quarta a R$ 293,51 a saca de 60 quilos
Volume embarcado no período teve aumento de 17,6%, para 918,4 mil toneladas
A receita cambial com exportação de café verde apresentou queda de 15,24% nos primeiros sete meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2012. O faturamento alcançou US$ 2,719 bilhões, ante US$ 3,207 bilhões, conforme relatório da Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O volume embarcado no período teve aumento de 17,6%, para 918,4 mil toneladas ante 781 mil toneladas nos primeiros sete meses de 2012.
O preço médio de exportação teve queda de 27,92% no período, de US$ 4.107 a tonelada para US$ 2.960 a tonelada. A receita cambial foi positiva para apenas dois entre os 15 principais destinos do café brasileiro: Turquia (31,86%) e Japão (6,58%). Em contrapartida, foi significativa a queda no faturamento para Reino Unido (-47,69%), Itália (-25,48%), Coreia do Sul (-25,09%) e Suécia (-23,06%).
O principal comprador de café verde brasileiro no período, em volume, são os Estados Unidos, que apresentaram elevação de 27% ante o mesmo período de 2012. O segundo principal importador foi a Alemanha (+14,13%). Entre os 15 principais compradores, o volume embarcado aumentou para todos os destinos, com exceção do Reino Unido, onde houve queda de (7,7%). Os destaques de alta, em termos porcentuais, são Turquia (71,73%), Japão (46,06%) e Canadá (35,42%).
Exportação de café solúvel gera receita cambial 2,74% maior em sete meses
A receita cambial com exportação de café solúvel apresentou elevação de 2,74% nos primeiros sete meses deste ano em relação ao mesmo período de 2012. Os industriais faturaram US$ 383,333 milhões, em comparação aos US$ 373,117 milhões nos primeiros sete meses de 2012.
O país exportou no período 46 mil toneladas de solúvel, com elevação de 11,04% em relação a 2012 (41,4 mil toneladas). O preço médio da tonelada ficou em US$ 8.328, ante US$ 9.001 a tonelada em 2012, representando queda de 7,48%.
Conforme o relatório, os Estados Unidos foram o principal do destino do café processado brasileiro no período, com elevação de 47,63% em termos de receita sobre 2012. Mas também foi significativo o aumento da receita, em termos porcentuais, para Arábia Saudita (85,51%), Romênia (66,87%), Canadá (31,51%) e Indonésia (13,75%). Entre os 15 principais destinos do café processado brasileiro, sete tiveram redução em receita, com destaque para Alemanha (-24,98%), Coreia do Sul (-20,92%) e Japão (-18,69%).
O principal comprador de café solúvel brasileiro no período, em volume, foram os Estados Unidos, que apresentaram aumento de 42,92% ante igual período de 2012. Em termos porcentuais, houve aumento significativo no volume vendido para Romênia (129,64%), Arábia Saudita (124,45%) e Canadá (50,34%). Em contrapartida, houve queda em volume para 4 destinos: Japão (-12,73%), Coreia do Sul (-22,17%), Alemanha (-26,47%) e Hungria (-8,03%).
Receita cambial com café torrado e moído recua 21% de janeiro a julho
A receita cambial com exportação brasileira de café torrado e moído apresentou queda de 21,08% nos primeiros sete meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os industriais faturaram US$ 8,85 milhões, em comparação aos US$ 11,214 milhões em igual período de 2012.
O país exportou no período 1,09 mil toneladas do produto, com recuo de 22,14% em relação ao ano anterior (1,4 mil toneladas). O preço médio da tonelada no período ficou em US$ 8.090 a tonelada, ante US$ 7.981 a tonelada, representando elevação de 1,35%.
Segundo o relatório do MDIC, os Estados Unidos foram o principal destino do café processado brasileiro, com redução de 14,37%, em termos de receita. O segundo principal mercado foi a Argentina (-12,64%), seguida de Japão (-27,75%) e da Alemanha (+756,14%).
Cotação do arábica
As cotações do café arábica subiram expressivamente na quarta, dia 14, devido à previsão de frio e chuva nas principais regiões produtoras do país, informou nesta quinta, dia 15, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). As altas foram verificadas tanto no mercado internacional quanto no físico brasileiro. No Paraná, ainda há a possibilidade de gear, o que pode comprometer ainda mais os cafezais. Neste cenário, o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou na quarta a R$ 293,51 a saca de 60 quilos, forte alta de 3,7% em relação ao dia anterior.
Esse é o maior valor do indicador desde 18 de julho de 2013. Colaboradores consultados pelo Cepea comentaram que o ritmo de negócios nessa quarta-feira foi melhor em relação aos dias anteriores.