São Paulo, 25 de Janeiro de 2006 – O Brasil poderá ampliar as exportações de café torrado e moído em 75% este ano, chegando a US$ 29 milhões. No ano passado, os embarques do segmento somaram US$ 16,59 milhões, com crescimento de 98,91% ante 2004, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). “Trata-se de uma estimativa otimista e ousada”, afirma o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz, lembrando que a projeção inicial para 2005 de US$ 10 milhões foi superada em agosto. Na avaliação de Herszkowicz, as maiores exportadoras do segmento deverão incrementar seus embarques este ano, ao mesmo tempo em que mais empresas começarão a exportar café torrado e moído. No ano passado, o segmento contava com 86 empresas exportadoras, número que deve crescer 10% este ano, segundo o diretor-executivo da Abic. Desse total, cerca de 40 empresas participam do Programa Setorial integrado (PSI) da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que contribui para a divulgar o café brasileiro no exterior. O preço médio do café brasileiro exportado aumentou 27%, de US$ 3,15 para US$ 4 por quilo em 2005. “A participação dos cafés gourmet no faturamento de embarques deve passar de 41% para 45%”, diz. Em 2004, a parcela desses cafés especiais no total era de 20%. A expansão menor esperada para 2006 deve-se à expectativa de que o perfil dos embarques seja mantido. “Nos próximos anos, deveremos aumentar os embarques de cafés de qualidade intermediária, para elevar os volumes exportados”, diz. O volume embarcado aumentou 56,6% no ano passado, para 4,149 mil toneladas. Os Estados Unidos são o maior importador do café brasileiro torrado e moído de alta qualidade, com divisas totais de US$ 9,19 milhões, um alta de 157,56% ante 2004. (Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 12)(Chiara Quintão) |