Apesar da queda no volume embarcado, receita sobe quase 44% em 2005
As exportações brasileiras de café renderam ao país 2,9 bilhões de dólares em 2005. Trata-se de um aumento de 43,8% em relação ao ano anterior, quando a receita cambial ficou pouco acima de US$ 2 bilhões. O resultado é o melhor desde 1997 e o segundo mais expressivo dos últimos 25 anos. Os números são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). De acordo com o Diretor Geral do Cecafé, Guilherme Braga, a elevação da receita deve-se unicamente à valorização dos preços internacionais, uma vez que o volume embarcado caiu 1,3%.
Em 2005, 26,1 milhões de sacas de café deixaram o país (ante 26,4 milhões no ano anterior). Do total, 22,5 milhões de sacas eram de café verde, o menor volume dos últimos quatro anos. A razão para o declínio é a menor oferta de café, por causa da safra menor. Em compensação, o país bateu o recorde nas vendas de café solúvel, superando a marca de 3,5 milhões de sacas. A receita gerada pelo produto industrializado foi de US$ 386,6 milhões – um acréscimo de 34,1% em relação a 2004.
Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão e Bélgica continuam sendo, nesta ordem, os principais destinos do café brasileiro. Neste grupo, o Japão registrou o maior incremento na compra da commodity brasileira (14,52%), seguido da Itália (7,47%). Em compensação, a Alemanha, nosso principal cliente, reduziu em 5,2% o volume importado.