Além do milho e seus derivados, o café brasileiro também tem apresentado forte valorização no mercado internacional. Prova disso é o aumento no preço do produto no Recife, segundo o Índice de Preço ao Consumidor (IPC), calculado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). O preço do café registrou uma alta de 4,08% na cesta básica do recifense, perdendo apenas para a laranja pêra (6,67%). “O aumento da laranja se deve a questões sazonais, mas o café tem apresentado uma forte valorização no mercado internacional, o que está ocasionando a alta”, declarou o coordenador da pesquisa, Agostinho Odísio.
As baixas mais expressivas foram observadas no desodorante (-6,39%), na maizena (-5,39%) e no jerimum (-4,55%). Mas foi o setor vestuário que mais contribuiu com o resultado final da pesquisa. Vestuário
cresceu 3,21% no mês de fevereiro, puxando para cima o IPC, que registrou uma alta de 0,79% em relação a janeiro, segundo a Fundaj, que apontou uma variação acumulada de 7,34% entre março de 2006 e fevereiro de 2007.
Dos sete grupos analisados, apenas o de artigos de residência se mostrou com deflação (-0,8%), com maiores quedas nos seguintes subgrupos: liqüidificador (-5,3%), fogão (-4,55%), ventilador (-3,77%), refrigerador (-3,53%) e roupas de cama (-3,1%). “É normal nessa época do ano a baixa nos preços dos eletrodomésticos, que sempre sofrem aumentos no final do ano”.
Os demais segmentos apresentaram pequenas oscilações, mas todas positivas, como saúde e cuidados pessoais (1,58%), despesas pessoais (1,19%), habitação (0,45%), alimentos e bebidas (0,31%) e transporte e comunicação (0,03%).
A cesta básica calculada pela Fundaj ficou em torno de R$ 509,92, menor que a de janeiro (R$ 512,61), o que representa uma queda de 0,53%. Das regiões
político-administrativas analisadas, a de maior valor foi registrada no Sul do Recife (Boa Viagem, Ipsep), custando R$ 526,88. A mais barata está no Norte da cidade (Arruda, Bebe-ribe), por R$ 447,88.