ECONOMIA
19/04/2009
Excelência para garantir exportação
Reconhecido no Brasil e no exterior, laboratório da Empat analisa açúcar de Alagoas que embarca para EUA e Europa
PAULA FELIX – Repórter
Todos os dias, caminhões deixam municípios do interior e cortam a estrada trazendo o açúcar amarelado e grosseiro para a capital. O destino é o Terminal Açucareiro de Maceió, no Porto de Jaraguá, onde navios com bandeiras internacionais aguardam pelo produto que será transformado para, então, adoçar cafés e bolos pelo mundo afora. Mas o mercado é exigente. Para navegar até terras distantes é preciso passar por uma bateria de testes diários e semanais, controle que permite ao produto, responsável por 86% das exportações em Alagoas, manter seu potencial competitivo no mercado estrangeiro.
Açúcar fora do padrão gera penalidade
A partir do momento em que os caminhões despejam os milhões de grânulos adocicados no armazém, eles deixam de ser propriedade das usinas e passam a ser algo coletivo. Isso vale também para as penalidades, caso algum produtor entregue açúcar fora dos padrões regulamentados no exterior.
Se determinada usina não se enquadrar nos padrões, ela é punida e paga com o próprio produto. O “rateio” é feito e o volume adquirido é distribuído em partes iguais pelas empresas cooperadas. É uma compensação feita no fim da safra e que serve para manter a qualidade do açúcar bruto.
“Essa é uma postura dos produtores de Alagoas, a decisão foi deles. É navalha na carne, mas eles saem ganhando com essa atitude”, completa Fábio Tavares.