Impacto da irrigação vai além do volume de produção, ela também influencia diretamente a qualidade do café colhido.
O professor Dr. Otávio Neto, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), explica, em entrevista durante a Fenicafé, que a evolução das técnicas de irrigação tem desempenhado um papel fundamental na produtividade do cafeeiro.
“As tecnologias de irrigação vêm mudando a realidade do campo. Hoje, sabemos que áreas irrigadas podem produzir entre 30% e 40% a mais em comparação com lavouras não irrigadas, principalmente em regiões onde o déficit hídrico é mais severo”, destaca.
Mas o impacto da irrigação vai além do volume de produção. Ela também influencia diretamente a qualidade do café colhido. “Com um manejo adequado da água, conseguimos uniformizar as floradas, melhorar o ‘pegamento’ dos frutos e, consequentemente, obter grãos de maior qualidade”, detalha.
Outro benefício importante da irrigação, de acordo com Dr. Otávio, é a redução dos efeitos da bienalidade, um comportamento típico do cafeeiro arábica, no qual a produção oscila entre safras altas e baixas. “A irrigação ajuda a equilibrar a fisiologia da planta, proporcionando uma produção mais estável ao longo dos anos. Isso dá mais previsibilidade ao produtor, o que é essencial em um cenário de tantas incertezas climáticas”, explica.
Diante desse panorama, fica evidente que a modernização das técnicas de irrigação não só potencializa a produtividade, como também se consolida como um diferencial competitivo para os cafeicultores que desejam garantir colheitas mais consistentes e rentáveis.
Para mais detalhes da palestra, assista ao vídeo completo disponível no nosso YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=4Zp3TbeWRLs
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