Os índices de obesidade preocupam cardiologistas.
Governo estuda sobretaxar refrigerantes não dietéticos.
O resultado de um estudo sobre hábitos alimentares levou cientistas americanos a divulgar recomendações novas para evitar o excesso de consumo de açúcar. Num país em que a obesidade atinge 26% da população, o consumo atingiu níveis de alerta e se tornou um desafio para a Associação Americana de Cardiologia.
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A preocupação não é com o açúcar natural, como o que existe nas frutas, mas com o açúcar adicionado a alimentos, como biscoitos, iogurtes, balas e refrigerantes.
A recomendação do novo guia da associação é que as mulheres consumam, no máximo, 100 calorias desse tipo de açúcar por dia, ou 25 gramas. Isso é o equivalente a seis colheres de chá. Para os homens, o consumo diário não deve ultrapassar as 150 calorias, ou 37,5 gramas, o que corresponde a nove colheres de chá.
A recomendação é muito diferente do que acontece nos Estados Unidos, segundo uma pesquisa do governo americano. A média de consumo diário de açúcar é de 22 colheres de chá, ou 90 gramas, o equivalente a 355 calorias. A ingestão de alimentos com açúcar é três vezes maior do que a recomendada pela Associação de Cardiologia.
Os refrigerantes são os que mais preocupam. Apenas uma lata de refrigerante comum já ultrapassa os níveis diários recomendados. O problema é tão grave que o governo estuda o aumento de impostos para esses produtos.
Os fabricantes se comprometeram a fazer uma campanha estimulando o consumo menor de bebidas com açúcar. A medida poderia reduzir os gastos de saúde para combater o que já se chama de uma epidemia de obesidade.