O preço das ações da Starbucks Corp. poderia aumentar para cerca de US$ 40 nos próximos 12 meses, de acordo com o reportado pela revista Barrons, citando analistas e investidores que acreditam que a gigante do setor de café dos Estados Unidos continua avançando a todo vapor.
As ações da Starbucks caíram 20%, após bater os US$ 40 em seu pico, de novembro, em meio a preocupações referentes às margens de lucros, participação de mercado e crescimento em longo prazo. As ações aumentaram 3% na semana passada, fechando na sexta-feira em US$ 31,52, após executivos terem dito aos acionistas que não vêem uma desaceleração no crescimento dos lucros da companhia.
Alguns investidores e analistas disseram que a liquidação fornece uma oportunidade para cavar ações não vistas desde o final de 2004.
As ações ainda são comercializadas a elevadas 36 vezes os lucros fiscais esperados para 2007, o que é caro, comparado com a McDonalds e o mercado de valores mais amplo. Os analistas sell-side que acompanham a companhia, por enquanto, estão divididos quanto às ações: metade classifica como “compra” e a outra metade como “hold” ou “venda”.
Além disso, analistas como Marc Greenberg do Deutsche Bank, citam a marca da rede, o poder de venda e o modelo operacional como razões para comprar. Steven Kron, da Goldman Sachs, determinou um preço alvo de US$ 43 para as ações, disse a Barrons. A revista também disse que dois administradores de investimentos estão comprando ações.
Céticos, no entanto, questionam se a companhia pode continuar expandindo sua rede de 13,168 mil lojas em todo o mundo. A Starbucks planeja abrir 1,6 mil lojas no atual ano fiscal, e mais 2 a 3 mil no ano fiscal de 2008.
A Barrons disse que alguns estados dos EUA parecem estar “mal-servidos” de lojas da rede, enquanto existem oportunidades de expansão em China, Brasil, Rússia e Índia. A companhia também está trabalhando para aumentar o valor de cada venda promovendo também grãos, massas e música.
Ainda assim, as vendas em algumas lojas caíram e as margens de lucros se reduziram no último ano. Os resultados do terceiro trimestre fiscal poderiam ser encorajadores, uma vez que serão comparados com os dados fracos do ano anterior, disse a revista.
A reportagem é da agência Reuters, publicada no site Flexnews.