Estudos socioeconômicos e ambientais – Exportações brasileiras de café superam 34 milhões de sacas e geram US$ 5,17 bilhões no período de setembro de

Cafés diferenciados participam com 20% do volume das exportações e 24% da receita cambial em 2016

15 de setembro de 2016 | Sem comentários Produção Sustentabilidade

15 set 2016  Cafés diferenciados participam com 20% do volume das exportações e 24% da receita cambial em 2016


Estes destaques fazem parte das análises das Exportações Brasileiras e Consumo Externo de Café constantes do Relatório do mês de agosto de 2016, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé. Além desses destaques, o Relatório traz ainda ampla análise e dados estatísticos acerca da evolução das exportações brasileiras por ano-safra, principais destinos importadores, perfil do consumo mundial de café, entre outros.


De acordo com o Relatório do CeCafé, nos últimos doze meses, de setembro de 2015 a agosto de 2016, as exportações brasileiras de café atingiram 34,406 milhões de sacas de 60kg e geraram US$ 5,175 bilhões de receita cambial. Do volume exportado, 1,598 milhão de sacas de 60kg  foi de café robusta, 29,180 milhões de café arábica, 27,744 mil sacas de Torrado & Moído, 3,599 milhões de sacas de café solúvel, ao preço médio de US$ 150,42 por saca. O Relatório mensal agosto 2016 está disponível na íntegra noObservatório do Café (Estatísticas, Exportações e Cotações), do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.


Outro destaque apontado no Relatório foi a exportação dos cafés diferenciados, os quais são considerados assim por terem qualidade superior e/ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, como os cafés especiais, por exemplo. No mês de agosto deste ano, foram exportadas 406,040 mil sacas de cafés diferenciados, volume que representa um crescimento em relação ao mês de julho deste ano da ordem de 9,1%.


Conforme os dados do CeCafé constantes do Relatório, os 10 maiores países importadores de cafés diferenciados brasileiros no período de janeiro a agosto de 2016 representaram 81,1% dos embarques. Os EUA continuam sendo o primeiro no ranking dos compradores desse tipo de café, com uma fatia de 20% do total de exportações – 820.193 sacas. O Japão, com 14% (563.618 sacas), ficou em segundo, seguido pela Alemanha em terceiro com 12% (465.513 sacas). Em quarto lugar, a Itália com 11% (437.194); quinto, a Bélgica com 10% (420.986); na sequência, Espanha, Reino Unido, Suécia, Austrália e Canadá. Leia o Relatório e confira os números completos desse ranking.


De um modo geral, segundo o CeCafé, as exportações do produto brasileiro retomaram o ritmo de crescimento, pois no mês de agosto passado foram contabilizadas 2,692 milhões de sacas de exportadas, o que representou um crescimento de 37% em relação ao mês de julho, quando o país exportou 1.956.116. Contudo, o Relatório ressalva que, por conta de greve na alfândega do Porto de Santos, não foi possível apurar todo o fechamento das exportações do mês de agosto, que traria resultados ainda melhores. Os números serão atualizados pelo CeCafé nas próximas semanas.


Segundo Nelson Carvalhaes, Presidente do CeCafé, citado no Relatório, “a retomada do ritmo de exportações de café brasileiro em agosto já era esperada. Após um período de entressafra, certamente teremos um crescimento gradativo e sustentável daqui para frente, uma vez que o café brasileiro, considerado como um dos mais qualificados e sustentáveis do mundo, continua com a demanda necessária e crescente”.


Na parte final do Relatório mensal agosto 2016, o CeCafé publicou um interessante artigo intitulado “Cafeicultura Sustentável – Desafios da cafeicultura mundial: o Brasil no rumo certo”, de autoria de Marjorie Miranda, Coordenadora dos programas de Responsabilidade Social e Sustentabilidade do Conselho, que vale a pena ser lido e refletido por todos os agentes do agronegócio café brasileiro.


Segundo um trecho desse artigo, “o setor cafeeiro brasileiro investiu em pesquisa e desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias produtivas, bem como na capacitação de produtores nas boas práticas agrícolas. Um exemplo dessa evolução é que a produtividade de café no país é uma das que mais evoluiu no mundo. Em 1960, o Brasil possuía uma área 4,9 milhões de hectares e uma produtividade média de 6,08 sacas/ha, totalizando 29,8 milhões de sacas. Hoje, segundo dados da CONAB, o território nacional possui uma área de 2,2 milhões de hectares e uma produtividade média de 25,6 sacas/ha, indicando a redução de 55% em sua área cultivada, mas com o aumento em 4 vezes da sua produtividade, o que resultou no incremento de 66,4% da produção nacional de café, estimados pela CONAB  em 49,7 milhões de sacas”, para 2016, conforme o Segundo Levantamento da Safra de Café – 2016.


Para ler a edição completa do Relatório mensal agosto 2016 do CeCafé, acessar as páginas da Embrapa Café, Observatório do Café e Consórcio Pesquisa Café, clique nos seguintes links:


Relatório mensal agosto 2016 – CeCafé


Fonte : Embrapa

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