Publicação: 15/06/07
Influenciados pelo o cenário do Brasil, o maior produtor mundial de café, os estoques mundiais da commodity no fim da safra 2007/08, em junho do próximo ano, devem ser um dos menores dos últimos 46 anos. O País se depara com consumo em alta e produção e estoques em baixa, diz o analista da Safra & Mercado, Gil Barabach. Com base em dados do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), deste mês, o analista diz que os produtores internacionais terão estoques de passagem de 16,8 milhões de sacas (60 kg) na safra 2007/08. O volume é 25% menor que as 22,4 milhões de sacas estimadas para o fim do ano safra 2006/07.
A consultoria acredita que os estoques brasileiros para a safra 2007/08 serão muito baixos, em apenas 3 milhões de sacas – o menores patamares da história do café do Brasil. “Mas isso deve culminar com uma produção de carga alta (2008/09)??, lembra o analista.
A tendência é de um cenário altista para os preços do produto. Os preços da commodity negociados na Bolsa de Nova York (Nybot), com vencimento em julho, fecharam pregão com modesta alta de 0,13%, cotados a 114,75 centavos de dólar por libra-peso. Entretanto, as cotações acumulam queda de 2,56% neste mês. Para Barabach, é normal os preços caírem com a entrada da safra que já está 35% colhida. O Usda prevê a safra brasileira 2007/08 em 36,2 milhões de sacas e a 2006/07 em 47,7 milhões de sacas. Ambos volumes estão acima das estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).