16/01/2013
Desempenho das exportações em 2012 foi prejudicado por altos preços na Bolsa de NY, substituição do arábica por grãos robusta e crise econômica
por Estadão
Estoque de passagem em julho do ano passado era de 3,77 milhões de sacas e mais 55,8 milhões da safra 2012O estoque passagem de café no Brasil, em 1º de janeiro de 2013, está estimado em 33,954 milhões de sacas de 60 kg, além de 1,629 milhão de sacas dos estoques oficiais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que totaliza 35,583 milhões de sacas, conforme levantamento da exportadora Comexim, de Santos (SP), divulgado nesta quarta-feira (16/1).
No lado da oferta, o levantamento projeta que o estoque de passagem em 1º de julho de 2012 era de 3,770 milhões de sacas, acrescido de 55,800 milhões de sacas da safra brasileira colhida em 2012, segundo previsão da Comexim.
Pelo lado da demanda, os dados consideram que o País exportou 13,773 milhões de sacas de julho a dezembro de 2012. O embarque de café na forma solúvel está estimado em 1,843 milhão de sacas. O consumo interno está avaliado em 10 milhões de sacas no período.
O trader John Wolthers, da Comexim, informa em comunicado que, “por muitos anos, o Brasil tem produzido e exportado em um ritmo muito equilibrado”. De acordo com ele, o desempenho das exportações foi prejudicado em 2012 por diversos fatores. Ele cita os elevados níveis dos preços na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e a substituição do arábica por grãos robusta e outros arábicas de qualidade inferior. “A crise econômica global certamente também reduziu a demanda por café”, comenta Wolthers.
Além disso, o clima teve papel negativo para a cultura, uma vez que fortes chuvas vieram no meio do período de tradicional seca nos cafezais, entre maio e setembro. O resultado final foi um atraso no início da colheita, com reflexos na exportação. No momento, observa Wolthers, o País registra fortes chuvas nas áreas produtoras, o que será positivo para a colheita da safra deste ano.