Embora a impressão seja de muita chuva, é bem capaz que o Sudeste e grande parte do Brasil encerrem este verão com volumes abaixo do normal, segundo informações da Somar Meteorologia.
14 de março de 2019 Chuvas retornam fortes ao estado somente no fim do mês de março
Produtores de café conilon do Espírito Santo já estimam perdas de até 70% da produção nas lavouras por conta da estiagem. Em Castelo, município localizado no sul do estado, só choveu 14 milímetros em março. A meteorologista Heloísa Pereira, da Somar, tem explicação. “Dezembro do ano passado e janeiro de 2019 foram muito secos. A grande característica do El Niño, que só se confirmou recentemente, é justamente provocar distribuição irregular da chuva”.
Segundo ela, choveu bastante em fevereiro e março, mas não em todas as áreas do Sudeste, por isso, a região pode fechar o verão com chuvas abaixo do esperado.
Na quinta-feira, dia 14, a chuva ganha intensidade em áreas do Sudeste. No Vale do Paraíba, litoral norte de São Paulo e sul de Minas Gerais, a chuva é mais volumosa e ocorre em forma de pancadas fortes, com trovoadas e ventos de mais de 50 km/h. Há condições para chuva durante a manhã no estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, mas vale ressaltar que a chuva vem alternada com períodos de sol ao longo do dia, mesmo que acompanhada de eventual trovoada.
Nesta sexta-feira, dia 15, a chuva deve persistir sobre a maior parte do Sudeste. Instabilidades em níveis mais altos da atmosfera favorecem temporais na Zona da Mata mineira. Os volumes mais expressivos se concentram entre o interior paulista, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, inclusive, o dia deve começar com chuva entre o Rio de Janeiro e leste de Minas Gerais.
Em São Paulo, a nebulosidade é variável e chove a qualquer momento, intercalado com períodos de melhora. No fim do dia, no entanto, o vento muda de direção e passa a soprar do quadrante sul, o que garante o final da tarde com sensação de friozinho.
Para os próximos dias, as instabilidade finalmente conseguem alcançar o Espírito Santo e o norte de Minas Gerais, com volumes mais expressivos, favorecendo as áreas de pastagens e produtoras de grãos e café que vem sofrendo com as altas temperaturas e falta de chuvas mais expressivas nos últimos 3 meses. Nas demais áreas do Sudeste, segue o padrão de pancadas de chuva intercalados com períodos de melhoria. As temperaturas ficam amenas nas cidades litorâneas paulistas e fluminenses. (Canal Rural)