Edição do dia 14/11/2014
14/11/2014
Déficit hídrico nas lavouras do sul do estado continua alto.
Este ano
choveu apenas 40% do que ocorreu em todo o ano passado.
Manoela Borges
Do Globo Rural
Mesmo com a volta da chuva ainda tímida, a situação é preocupante nas
lavouras de café do sul de Minas Gerais.
Do início do ano até agora, choveu apenas 40% do esperado para o período e
uma lavoura de 60 hectares, em Três Pontas, sofre os efeitos. A produção deste
ano foi 25% menor que a da safra de 2013 e para 2015, a preocupação é ainda
maior, já que os galhos das plantas cresceram pouco e a florada foi
irregular.
As chuvas que caíram na região ainda não foram suficientes para umedecer o
solo. A terra está seca e segundo dados da Fundação Procafé, este ano choveu, em
média, 60% menos que no mesmo período do ano passado.
Além de provocar a queda na produção, a estiagem também deixou o cafezal mais
fraco, facilitando o ataque de pragas e o aparecimento de doenças, e sem chuvas,
está ainda mais difícil fazer os tratos culturais, como a adubação de solo, que
ajuda a proteger a planta.
Na fazenda de José Márcio Rocha, em Campo do Meio, o cafezal está recebendo
as adubações com um mês de atraso por causa da seca. O solo precisa de umidade
para conseguir absorver os nutrientes e os trabalhos só começaram graças a chuva
que caiu nos últimos dias.
Para André Luiz Garcia, agrônomo, para que as lavouras se recuperem é preciso
chover muito nos próximos meses. “Nós precisamos de 400 milímetros de chuva até
dezembro em quantidade moderada, também não adianta vir chuva pesada”.