RIBEIRÃO
30/09/2010
Estiagem agrícola na cidade é a maior dos últimos 22 anos
Seca chegou a 70 dias, a pior desde que a medição da Unicamp começou a ser feita
DE RIBEIRÃO PRETO
Há 22 anos Ribeirão não registrava uma estiagem tão prolongada para a agricultura como a deste ano. Segundo o Cepagri, da Unicamp, foram 70 dias de seca, a pior desde que o acompanhamento climático começou a ser feito pelo órgão, em 1988.
Antes, o recorde havia sido registrado em 1999, quando houve 62 dias de seca.
De acordo com o diretor-associado do Cepagri Hilton Silveira Pinto, apesar do longo período sem chuva a agricultura não sofreu grandes prejuízos porque o inverno no Estado é historicamente seco e o plantio e a colheita são feitos com base nas características da região.
\”De maio a setembro, é esperado um tempo frio e seco e, por isso, a agricultura se prepara para isso. A estiagem é prolongada de modo geral e, no ano passado, tivemos um tempo atípico, com excesso de chuvas.\”
É considerada estiagem para o setor agrícola quando a chuva registrada fica abaixo de 10 mm, volume insuficiente para que a umidade do solo reflita nas culturas.
Neste mês, segundo dados da Defesa Civil do Estado de São Paulo, Ribeirão teve, até ontem, 77,8 mm de chuva.
De acordo com Pinto, a tendência é que o tempo permaneça chuvoso em outubro, época propícia para o plantio das culturas anuais, como soja, milho, arroz e feijão. O período também é favorável à cultura de café.
\”O florescimento do café só ocorre depois de uma chuva boa. Como o regime de chuvas está dentro do normal o cronograma não deve ter mudança\”, disse. (LS)