MONTES CLAROS. A primeira fábrica de Nescafé Dolce Gusto das Américas, da suíça Nestlé, será instalada em Montes Claros, no Norte de Minas, e estará funcionando no quarto trimestre de 2015. O lançamento da pedra fundamental da planta – que consumirá numa primeira fase R$ 200 milhões – foi nesta quinta com a presença do CEO da Nestlé, Paul Bulcke, e do CEO da Nestlé Brasil, Juan Carlos Marroquín. Serão gerados 90 empregos diretos e, na fase de construção, outros mil empregos. A capacidade instalada será de 350 milhões de cápsulas de café por ano, com implantação por meio de tecnologia modular. “Sou otimista com o Brasil, na gente que trabalha aqui”, afirmou Bulcke.
A nova fábrica vai ocupar uma área de 9.750 m², ao lado da planta de leite condensado da marca que existe desde 1983 na cidade. O Nescafé Dolce Gusto é um sistema composto por cápsulas e máquinas que permitem aos consumidores preparar em casa bebidas quentes e frias num total de 20 opções de bebidas. A máquina custa a partir de R$ 299 e a cápsula a partir de R$ 1,50. Mais de 90% do café que será utilizado na fabricação das cápsulas em Montes Claros será de origem nacional, assim como outros insumos. A marca foi lançada no Brasil em 2009.
Para Bulcke, a escolha do Brasil para sediar a primeira fábrica de cápsulas fora da Europa tem um significado particular. “O Brasil é o maior produtor de café do mundo e o segundo maior país consumidor”, disse. Além da ampla oferta de matéria-prima, Bulcke afirmou que “a nova fábrica mostra a nossa confiança no Brasil”. No país, a Nestlé possui 31 instalações industriais distribuídas em oito Estados gerando mais de 21 mil empregos diretos e outros 220 mil indiretos com mais de mil itens em 16 diferentes categorias.
A Nestlé contou também com incentivos, de acordo com o prefeito de Montes Claros, Rui Muniz. “Todo empreendimento que gera mais de 50 empregos (como é o caso da Nestlé), tem isenção de IPTU por dez anos e podendo ser renovável, além de ITBI e doação de terreno”, informou.
Mas a parte boa, de acordo com Muniz, são os incentivos federais. “O incentivo federal é de dez anos, prorrogáveis por mais dez quando a empresa pode reinvestir esse valor em modernização da fábrica”, explicou ele. Isso envolve Imposto de Renda, PIS, Cofins e Contribuição Social sobre o Lucro.
A jornalista viajou a convite da Nestlé.