O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana (Sedru), da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) e do Corpo de Bombeiros, iniciou nesta sexta-feira (8) o trabalho que visa coordenar o planejamento, preparação e implantação de Planos Preventivos de Defesa Civil (PPDC) para o verão 2010-2011 nos municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
O começo da agenda foi marcado por reunião com representantes das coordenadorias municipais das 34 cidades da RMBH e técnicos estaduais responsáveis pela gestão de risco em Minas Gerais, tendo como objetivo apresentar as tarefas a serem cumpridas pelos gestores nos próximos meses. A proposta do Estado é que as ações realizadas pelos municípios ao longo do período de chuvas sejam monitoradas por uma equipe técnica do governo e de consultores especiais, de modo a reduzir perdas de vidas humanas decorrentes de acidentes relacionados às enchentes e desabamentos.
Para a realização do trabalho foi contratado uma equipe de profissionais com experiência em áreas de risco geológico, para dar suporte e monitorar as equipe das prefeituras da RMBH, no período de outubro de 2010 a maio de 2011.
De acordo com a subsecretária de Desenvolvimento Metropolitano, Madalena Franco Garcia, a ideia do governo é trabalhar com ações preventivas e continuar com o planejamento feito no último ano. “Com esta ação conjunta, o governo vai fechar todo o mapeamento de risco da região metropolitana e assim ter conhecimento das maiores necessidades de cada cidade e identificar os pontos mais críticos e assim realizar ações de prevenções.”
No último ano, Minas Gerais diminuiu o número de ocorrências de tragédias oriundas de deslizamento de encostas e inundação, ao contrário do que aconteceu com outros estados do país. Durante o verão de 2009/2010 a chuva afetou 852.234 pessoas sendo que destas, 20 vieram a falecer. Já no mesmo período em 2008/2009 o número de pessoas atingidas foi de 1.142.980, dentre elas 41 mortes (duas vezes maior). “Através desta nova política de gestão de riscos estamos conseguindo bons resultados, mas ainda temos muito que melhorar, para isso tomaremos medidas anteriores à deflagração de deslizamentos e inundações, a partir da previsão de condições potencialmente favoráveis à sua ocorrência, por meio do acompanhamento de alguns parâmetros técnicos pré-definidos” detalhou a subsecretária da Sedru.