(30/10/2009 10:07)
Risaralda, na Colômbia, inicia um projeto de caracterização do café em quatro municípios. Com essa idéia, que pretende que os cafeicultores descubram o potencial de seus cafés e determinem as regiões originárias, poderão ser executados novos programas de promoção do grão. “Meu café tem um suave toque de jasmim”, aponta Diego Salazar, um cafeicultor do distrito de Altagracia de Pereira, quando questionado sobre como bebe o produto de sua lavoura.
Por outro lado, Benjamín Agudelo, outro cafeicultor de Dosquebrados, sustenta que “meu café tem toques suaves florais”. Setecentos produtores de Guática, Apía, Marsella e Pereira responderam a essa pergunta com a mesma propriedade com que os outros dois cafeicultores ouvidos. Graças a implantação do projeto “Caracterização e padronização dos cafés de origem em Risaralda”, o café que é produzido nessa região é submetido a um rigoroso processo de análise e permite qualificá-lo de acordo com os padrões usados para certificar os grãos especiais.
O programa é financiado por agências de cooperação dos Estados Unidos — Acdi/Voca e Usaid — e também pela Ação Social, governo de Risaralda, prefeituras locais, Comitê dos Cafeicultores de Risaralda e também por cooperativas cafeeiras locais. Segundo Luis John Jairo López, coordenador do projeto, a “padronização do café, no médio prazo, permitirá a execução de programas de promoção dos cafés especiais de Risaralda”, sustentou. Um dos objetivos do projeto é gerar um mapa que indique onde está e quem produz um café com determinadas características, para oferecer aos compradores um leque de opções de grãos de origem. Os cafeicultores selecionados são informados pelo Comitê de Cafeicultores e os gestores visitam as áreas de produção, obtendo uma amostra do café cereja em seu melhor estágio de maturação. Dois colhedores capacitados selecionam os grãos maduros. Na seqüência, o café é identificado com uma ficha que permite estabelecer suas rastreabilidade e é levado a um módulo de benefício, onde é processado sob condições controladas de secagem. O café permanece um mês em um laboratório de provas e, após um torrefador qualificado aplicar uma avaliação, alguns atributos são concedidos ao produto, como fragrância, aroma, sabor, acidez, corpo, balanço, uniformidade, xícara, after taste, doçura, entre outros. Toda esse informação é catalogado através do Siafs (Sistema de Informação de Análises de Qualidade Física e Sensorial) e os dados são agregados ao Sica (Sistema de Informação Cafeeira),l visando obter um mapa de sabores e aromas do café produzido nos municípios de Risaralda.
As informações partem da Agência de Notícias do Café.
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