Os grãos gourmets e a busca do consumidor por produtos de qualidade ajudaram a aquecer o mercado de vending machines, máquinas que comercializam café em empresas. A Saeco, companhia italiana que tem subsidiária no Brasil há quatro anos, lança no segundo semestre novos equipamentos por aqui simultaneamente com a Europa. A pretensão é que a operação de cafeteiras corporativas, que representa 14% do faturamento, passe a responder a 23% até o fim do ano. Esta é uma das estratégias para que seu faturamento de R$ 30 milhões em 2007 aumente 50% esse ano. “O Brasil é o país que mais cresceu mundialmente na venda das máquinas, o que só reflete nosso potencial”, afirma João Zangrandi, presidente da Saeco no Brasil. Na próxima semana, a Lavazza assina o contrato de compra da empresa brasileira Café Grão Nobre (dona do Café Florença), líder nos setores de vending e o.c.s. (office coffee service) no Rio de Janeiro, o que deixa a competição ainda mais fumegante. “Isso mostra a credibilidade do nosso mercado.”
Expediente I
As máquinas da companhia que serão lançadas no segundo semestre no Brasil e Europa oferecem mais recursos. Elas são touch screen e trazem a opção em braile. Existem 4 mil máquinas Saeco espalhadas no país em companhias como Globo, Vale do Rio Doce e Petrobrás. A empresa é líder no Brasil na venda das cafeteiras domésticas.
Expediente II
A popularização da bebida fez também a empresa investir em uma rede de cafeterias, a Coffeeling, projeto da matriz que escolheu o Brasil para testá-lo. “A idéia é o cliente fazer seu próprio café com grãos importados da Colômbia, Guatemala, Indonésia. Vamos abrir mais dez lojas no Brasil esse ano”.