Os preços do café recuaram em Nova York devido a especulações relativas ao aumento da oferta por parte do Brasil, o maior produtor mundial da commodity, uma vez que a safra deste ano tem início no mês que vem. A safra brasileira será de 40,6 milhões de sacas de 60 quilos, num crescimento de 23% em relação à safra do ano passado, previu o ministro brasileiro da Agricultura, Roberto Rodrigues, no mês passado.
Os contratos futuros de café de Nova York estão vinculados aos grãos do tipo Arábica, que é produzido principalmente no Brasil, enquanto os contratos futuros de café de Londres referem-se ao café do tipo Robusta, cujo maior produtor é o Vietnã, que está quase no final de sua safra. “Deve haver um movimento de vendas vindo do Brasil”, disse Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group de Chicago. “A safra do Vietnã está quase terminando, enquanto a do Brasil está apenas começando. Isso deve dar respaldo ao mercado de Londres.”
Na Bolsa de Commodities de Nova York (Nybot), os contratos futuros para entrega em julho recuaram 2,05 centavos de dólar, ou 1,8%, para US$ 1,107 a libra-peso. Na Bolsa Liffe de Londres, o café para entrega em julho caiu US$ 3, ou 0,3%, para US$ 1.216 a tonelada. Um contrato de futuros é um acordo para a compra ou venda de uma commodity a um preço específico em uma data predeterminada.