Especialistas apresentam balanço e perspectivas para regiões cafeeiras

 




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Cerca de 200 profissionais ligados ao sistema agroindustrial do café, que compõem sete grupos técnicos de cafeicultura, conhecidos como G-Tecs e G-Quality, apresentaram suas percepções sobre o quadro atual da cafeicultura e suas perspectivas para a próxima safra, em reunião em Poços de Caldas, entre os dias 7 e 9 de março. Pesquisadores, consultores e profissionais ligados às cooperativas de cafeicultores das principais regiões produtoras (Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia – G-Tec Cooperativas) apresentaram informações sobre a situação das lavouras, o impacto das floradas, problemas climáticos e fitossanitários, expectativa de novos plantios, renovação das lavouras e expectativas de produção. O encontro é promovido pela Syngenta.


Alguns pontos são comuns à maioria das regiões avaliadas, entre eles, a ocorrência de doenças consideradas secundárias, com especial atenção à ocorrência de mancha-aureolada, cercóspora e phoma. As bacterioses, em especial, tiveram alta incidência, principalmente em regiões mais elevadas e com predominância de ventos. O ataque também foi significativo nos viveiros, com grandes perdas.


A corrida para novos plantios também não foi confirmada, sendo concentrados esforços para a renovação das lavouras, exceto na região do cerrado Mineiro. Também foi consenso o aumento da aquisição de maquinário, sobremaneira para a colheita e pós-colheita, resultado de uma escassez generalizada e alto custo da mão de obra. O investimento em insumos também foi de 10 a 20% acima da média, nas principais regiões produtoras.


No Sul de Minas, região produtora com expectativa de colher 12,6 milhões de sacas em 2012, os especialistas confirmam que as lavouras estão vigorosas, mas problemas climáticos afetaram a floração, com reflexos no desenvolvimento dos grãos e no futuro rendimento da safra. Foram plantados em torno de 45 milhões de mudas, sobretudo, para renovação e em menor escala para novos plantios.


Na região da Mogiana, segundo os especialistas, a safra deverá ser em torno de 1,5 milhões de sacas, o que significa uma redução de 10 a 15% com relação a 2011. A região conhecida como Matas de Minas tem expectativa de colher algo em torno de 8,5 milhões de sacas, resultado de boa florada, porém, com pegamento inferior ao previsto.


No Cerrado Mineiro, a expectativa dos especialistas é que sejam colhidas 5,4 milhões de sacas, com uma corrida para novos plantios. Assim como nas demais regiões, o preço do café praticado em 2011 inibiu a realização de podas, o que deverá repercutir na próxima safra.


Segundo os especialistas do centro-oeste paulista, região que deverá ter uma produção em torno de 1,3 milhão de sacas em 2012, houve grande investimento visando a qualidade do café, com redução da colheita no chão e crescimento do cereja descascado (CD), com foco no mercado de cafés diferenciados.


A qualidade dos cafés das Matas de Minas, Cerrado e Sul de Minas também foram avaliadas pelos especialistas do G-Quality, que apresentaram o percentual de cada região por tipo de bebida. Matas de Minas apresentou 24% de café especial e superior, Sul de Minas e Cerrado apresentaram 50% destes tipos, sendo que o café sulmineiro é predominantemente natural (90%) e, no Cerrado, o café cereja descascado representa 30% da safra.


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Polo de Excelência do Café


http://excelenciacafe.simi.org.br/


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