Especialistas apontam que o momento é favorável para cafés especiais

(19/03/2009 17:27)
Justamente em meio à atual situação econômica e da crise mundial, a produção de cafés especiais se converte em uma das maiores oportunidades para que a Colômbia aumente sua oferta mundial. Tal premissa foi apresentada pelas especialistas norte-americanas em café, Kelly Peltier Amoroso e Patricia Rothgeb, durante a participação delas como instrutoras para certificar 20 provadores locais e internacionais de café que aspiram ter a máxima norma “Q Graders”.


Durante o encontro, as representantes do Coffee Quality Institute explicaram que a meta para Colômbia deve ser demonstrar que, cada vez tem mais lotes de grãos especiais, que podem diferenciar-se e incentivar o consumo mundial. Segundo Kelly, ainda que o café colombiano seja inconfundível, o objetivo é oferecer mais lotes diferenciados, de origem e que não sejam mesclados (com blend). Ela explicou que pode parecer paradoxal, porém neste momento de crise, essa é a tendência de consumo, pois muitos consumidores querem um produto melhor e com mais qualidade. Patricia concordou com as recentes declarações do diretor executivo da OIC (Organização Internacional do Café), Néstor Osorio, no sentido de que o consumidor até poderá deixar de comprar um café mais caro em uma cafeteria da Starbucks, mas não deixará de consumir a bebida.


A crise pode mudar tal consumo para os lares, sendo que esse bebedor irá procurar um café premium ou especial para manter uma boa xícara. “Nesse primeiro momento os consumidores irão ter mais cafés em suas casas em vez de saírem para ir às cafeterias, porém a tendência deve se manter”, disse. Para Patricia, as oportunidades para os cafés especiais são grandes, uma vez que hoje há uma boa oferta mundial, mas o percentual desse tipo de grão continua sendo pequeno. “O consumidor sofisticado seguirá exigindo esses cafés especiais e não vão regressar para um café comercial de menor qualidade”, disse.


Elas também recomendaram a necessidade de se ter um maior cuidado no processamento, pois, ainda que a qualidade da produção seja boa, muitas vezes essa característica se perde por conta de um manejo inadequado. Por sua vez, elas lembraram que a Colômbia está voltando a ser líder no número de provadores especializados em café. As estatísticas indicam que o país tem 261 provadores “Q Graders”, graças a um programa de incentivo desenvolvido localmente, com o apoio da Usaid (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional).


 

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