Especialista dá dicas de como armazenar o café da melhor maneira

25 de julho de 2017 | Sem comentários Cafeteria Consumo

O consultor Thomas Singh garante: “Cada grão tem características próprias, então é importante cuidar bem do ingrediente”
O armazenamento do café pode influenciar muito mais do que apenas a durabilidade dos grãos. Guardar em lugar impróprio pode alterar aroma e até mesmo o sabor. Para ter uma bebida quentinha e deliciosa, é importante ficar atento a algumas dicas.


Thomas Singh, consultor especialista em cafés da Eu Chef Alta Gastronomia, afirma que o caminho para cuidar bem dos grãos começa na escolha da marca e do tipo da bebida. “O café chamado de ‘café de prateleira’, que é vendido nos mercados, é uma mistura. Leva frutos do tipo arábico e do tipo robusto, que são de sabor bruto, de notas mais agressivas, porém tem a vantagem de serem mais barato”.



    Para esse tipo específico, a melhor preparação é a clássica coa mineira, no paninho. Isso porque, uma vez que o café tradicional possui qualidade inferior, caso ele seja preparado em métodos mais sofisticados, as impurezas podem saltar ao paladar.

Thomas explica que é importante considerar o tipo do café na hora da compra. São três classificações principais: tradicional, superior e especial. Para cada uma dessas, há uma pontuação, que é calculada por critérios que incluem até a forma de plantio e processamento das fazendas.


“A bebida especial é mais redonda na boca, tem um retrogosto. Já os de menor qualidade confrontam o paladar, não mostram as notas de sabor suavemente. Recomendo sempre cafés acima de 80 pontos”, indica.


Confira dicas sobre a armazenagem do grão:

Quanto mais rápido, melhor: Mesmo com datas de validade astronômicas indicando que o café está bom para consumo vários meses depois de ser aberto, Thomas recomenda o contrário. O tempo ideal de consumo do café está entre 30 e 90 dias. A partir desse tempo, a queda de qualidade é vertiginosa, e o grão perde o sabor.
Giovanna Bembom/Metrópoles

Deixar o pó no pacote em que ele veio não é prejudicial. Porém, o ideal, independentemente de o café estar em grãos ou moído, é armazenar em um pote de vidro hermeticamente fechado. Isso preserva as características voláteis por mais tempo.
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Locais secos e arejados são os ideais para o café. Nada melhor do que a dispensa, ou o armário dos copos. Se não for possível um local escuro, basta guardar em uma lata de metal com fecho hermético.
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Uma das maiores polêmicas sobre a armazenagem é a geladeira. Thomas não recomenda. De acordo com o especialista, a umidade altera o sabor do café
Rafaela Felicciano/Metrópoles

O grão é, de longe, a melhor forma de comprar o café. O ideal é moer só na hora. Isso tem um explicação científica: moído, aumenta a área de contato do café com o ar e o grão oxida
Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os métodos de preparo têm de ser seletivos. Deixe a mocha, a prensa francesa e a máquina de expresso apenas para os cafés de qualidade superior e especial. O tradicional, feito nessas formas, normalmente fica “bruto” ao paladar
Rafaela Felicciano/Metrópoles

Apesar do dito “café fresco é melhor”, o preciosismo tem limite. Isso porque todos os cafés precisam de 5 dias de descanso entre a torra e a comercialização para que os gases do grão evaporem e o sabor “assente”
Rafaela Felicciano/Metrópoles


Complexo e vulnerável, o café pode ter características de sabor alteradas muito facilmente. Cada espécie tem seu gosto, sua acidez e seu aroma, e até o tipo de solo da fazenda e a umidade do local são fatores determinantes. O especialista recomenda: “Na dúvida, consuma o café 100% arábico.”

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