Escritório Carvalhaes analisa mercado cafeeiro na semana

05/08/2011
 


Escritório Carvalhaes (www.carvalhaes.com.br)


Tivemos mais uma semana com o mercado de café paralisado devido aos gravíssimos problemas na economia mundial. A solução dada pelo congresso americano para a elevação do teto da dívida americana não convenceu os mercados e assistimos também ao agravamento da situação na Espanha e Itália, levando a uma crise sem precedentes na zona do euro.
 
Ontem, quinta-feira, os mercados globais desabaram, no pior dia desde a crise que eclodiu em setembro de 2008. Bolsas de valores caíram com força em todo o mundo, o dólar teve forte alta e commodities se desvalorizaram, o café entre elas. O medo de uma prolongada recessão mundial levou pessimismo aos investidores, com mais força nos países desenvolvidos.
 
Este cenário de incertezas afeta a confiança de muitos investidores no mercado de commodities e derruba os preços de matérias primas. Não é possível enxergar a duração e os desdobramentos deste ambiente de intranqüilidade, carregado de ameaças.
 
O frio intenso que atingiu, na madrugada de hoje, sexta-feira, as regiões produtoras de café do sul de Minas, causou algum dano aos cafezais, com mais intensidade em cidades na região de Poços de Caldas. Não existe ainda um diagnóstico preciso e os agrônomos da região agem com cautela, preferindo aguardar dados concretos para depois dar sua opinião.
 
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, informou que no último mês de julho foram embarcadas 2.032.709 de sacas de 60 kg de café, aproximadamente 17% (430.378 sacas) a menos que no mesmo mês de 2010 e 26% (696.351 sacas) a menos que no último mês de junho. Foram 1.510.308 sacas de café arábica e 260.518 sacas de café conillon, totalizando 1.770.826 sacas de café verde, que somadas a 258.288 sacas de solúvel e 3.595 sacas de torrado, totalizaram 2.032.709 sacas de café embarcadas.
 
Até o dia 4, os embarques de agosto estavam em 162.427 sacas de café arábica, 7.110 sacas de café conillon, somando 169.537 sacas de café verde, mais 22.532 sacas de solúvel, contra 84.658 sacas no mesmo dia de julho. Até o dia 4, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 444.784 sacas, contra 296.733 sacas no mesmo dia do mês anterior.
 
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 29, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 5, caiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 155 pontos ou US$ 2,05 (R$ 3,25) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 29 a R$ 492,11/saca e hoje, dia 5, a R$ 499,00/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 215 pontos.

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8 de novembro de 2010 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

Escritório Carvalhaes
05/11/2010


Chamou a atenção esta semana uma matéria divulgada pelo CNC – Conselho Nacional do Café em seu “Clipping” sobre as reexportações de café por países consumidores. Baseada em números conhecidos pelo mercado, regularmente divulgados pela OIC – Organização Internacional do Café, a matéria consegue colocar luz em um assunto pouco discutido – a agregação de valor – nos debates e na elaboração das políticas da cafeicultura brasileira.
 
A tabela apresentada na matéria mostra que os números mensais de reexportação dos países consumidores suplantam os das exportações de café verde do Brasil, maior produtor e exportador, e deixa claro que as lideranças brasileiras têm de dar uma atenção maior ao assunto.
 
As exportações brasileiras de café solúvel são cerceadas por barreiras alfandegárias e não alfandegárias de países importadores de nosso café verde e as de café torrado, apesar do empenho e persistência da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café e da APEX – Brasil, são muito pequenas, perdendo até para as de países com pouca tradição no mercado de café.
 
A grande agregação de valor fica para os países importadores, sobrando para os cafeicultores brasileiros exigências cada vez maiores, através de certificações impostas pelos compradores. O preço do café verde é limitado pelas bolsas de futuro e seus derivativos, esbarrando sempre em seus níveis históricos.
 
Não temos marcas conhecidas no exterior e as mais conhecidas pelos consumidores do Brasil, segundo maior mercado consumidor de café do mundo, já estão em mãos de grandes torrefações multinacionais.
 
Somos responsáveis por mais de 50% das exportações mundiais de café arábica verde, grandes produtores de conillon e, como segundo maior mercado consumidor, temos também um grande e moderno parque torrefador, possivelmente o segundo do mundo. Portanto não é a proibição de importação de café verde de outras origens que impede a maior presença brasileira na exportação de café industrializado. Necessitamos é de vontade política e empenho na mudança do foco de nossas exportações, que precisa ser centrada na agregação de valor.
 
O anúncio de que o Federal Reserve (o banco central dos EUA) vai injetar mais US$ 600 bilhões para tentar recuperar a economia americana, agitou os mercados esta semana. Investidores correram para commodities, ações e moedas de países emergentes. O dólar fraco e a perspectiva de excesso de dinheiro inflaram as bolsas de commodities ao redor do mundo. As negociações de grãos, metais e petróleo cresceram de modo impressionante. A alta dos preços é boa para os produtores de commodities e os agricultores brasileiros deverão ter renda recorde este ano.
 
As bolsas de café, já pressionadas pela escassez de estoques em todo mundo, acompanharam o movimento de alta, que também foi influenciado pela rolagem de posições de dezembro para março. Ontem, na ICE Futures US, os contratos com vencimento em março próximo chegaram a ser negociados acima de 2,11 cents por libra-peso. No físico brasileiro, os cafeicultores , ao contrário dos produtores de outras commodities, praticamente não foram beneficiados pela forte alta. Muitos compradores se retiraram do mercado aguardando uma melhor definição do quadro e os negócios realizados tiveram preços apenas 5 a 10 reais por saca acima das cotações do início da semana.
 
Até o dia 30, os embarques de outubro estavam em 2.769.441 sacas de arábica e 106.192 sacas de conillon, somando 2.875.633 sacas de café verde, mais 261.295 sacas de solúvel, contra 2.444.206 sacas no mesmo dia do mês anterior. Até o dia 30, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 3.378.485 sacas, contra 3.056.133 sacas no mesmo dia do mês anterior.
 
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 29, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 5, subiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 170 pontos ou US$ 2,24 (R$ 3,76) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 29, a R$ 457,51/saca e hoje, dia 5, a R$ 455,63/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 65 pontos.

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1 de novembro de 2010 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

29/10/2010



Escritório Carvalhaes – Apesar da cotação do café no mercado futuro ter oscilado bastante acompanhando o movimento das demais commodities frente à flutuação do dólar no mercado internacional, o café na ICE Futures US fecha a semana acima dos dois dólares por libra-peso, consolidando o quadro do dia 21 passado, quando os preços romperam a barreira dos dois dólares.
 
O mercado físico brasileiro foi firme apenas para o café arábica de boa qualidade e os finos. Os demais, que são a maior parte da produção brasileira, só conseguem interessados em bases bem mais baixas, com um grande diferencial em relação ao café arábica de qualidade.
 
Agências internacionais divulgaram esta semana que o diretor executivo da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia admitiu que devido a problemas climáticos, a produção colombiana de café este ano não irá atingir a meta fixada, entre 9,5 e 10 milhões de sacas. Problemas climáticos também estão atrasando e derrubando a colheita de café em várias das principais regiões produtoras ao redor do mundo.
 
Existem problemas na América Central, mais sérios na Costa Rica; Na Índia as chuvas estão atrapalhando bastante, bem como no Vietnã e na Indonésia, grandes produtores de robusta. É a cada dia mais claro que o apertado e precário equilíbrio entre produção e consumo não se resolverá em curto prazo. Não é possível enxergar quando a produção mundial estará em condições de acompanhar o crescimento e a sofisticação do consumo, muito menos se pensar em excedentes para recomposição dos estoques mundiais, cada vez mais necessários para fazer frente aos desequilíbrios e mudanças climáticas.
 
Os estoques de café certificado na ICE em Nova Iorque tiveram mais uma semana de queda e como dissemos em nosso último boletim, não é provável que o quadro se modifique em curto prazo. Chegamos ao final do mês de outubro e em novembro deveremos continuar assistindo o agravamento desta situação: estoque certificado em queda e número de contratos em aberto aumentando.
 
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 22, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 29, subiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 460 pontos ou US$ 6.08 (R$ 10,34) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 22, a R$ 448,48/saca e hoje, dia 29, a R$ 457,51/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 685 pontos.

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Escritório Carvalhaes
13/08/2010


Os fundamentos, que apontam para um longo período de oferta apertada no mercado de café e as disputas em torno do vencimento das opções de setembro levaram as cotações do café na ICE Futures em Nova Iorque a fechar em alta todos os dias esta semana, mesmo trabalhando com bastante volatilidade no decorrer do pregão.
 
Estamos na entrada da safra brasileira e no auge do período de férias no hemisfério norte, quando muitos operadores estão fora do mercado, diminuindo a pressão compradora. Mesmo assim o mercado se mantém firme e comprador.
 
Com a colheita da safra brasileira de café se aproximando do final, aumentam as visitas de analistas e operadores ao interior, para formarem opinião sobre o tamanho da safra. Voltam apreensivos com o que vêem e ouvem. Aos poucos está se formando o consenso e são poucos os que ainda acreditam em uma safra recorde. A produção brasileira deve ter ficado ao redor dos números da CONAB, provavelmente um pouco acima.
 
Para quem não está interessado em alta, o jeito agora é começar a falar no tamanho da próxima safra, que será de ciclo baixo e, portanto menor do que a atual. Já se ouve algumas análises afirmando que a próxima safra poderá ter o tamanho desta ou ficar muito próxima.
 
Os estoques de café certificado na ICE Futures US continuaram caindo esta semana.
 
O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café Verde, informou que no último mês de julho foram embarcadas 2 441 262 de sacas de 60 kg de café, 8% (175 769) sacas a mais que no mesmo mês de 2009 e 14% (304.639 sacas) a mais que no último mês de junho. Foram 2.014.421 sacas de café arábica e 154.700 sacas de café conillon, totalizando 2.169.121 sacas de café verde, que somadas a 268.604 sacas de solúvel e 3.537 sacas de torrado, totalizaram 2.441.262 sacas de café embarcadas.
 
Até o dia 12, os embarques de agosto estavam em 452 771 sacas de arábica e 22 457 sacas de conillon, somando 475 228 sacas de café verde, mais 35 415 sacas de solúvel, contra 814 731 sacas no mesmo dia do mês anterior. Até o dia 12, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em agosto totalizavam 1 177 814 sacas, contra 1 155 833 sacas no mesmo dia do mês anterior.
 
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 6, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 13, subiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 810 pontos ou US$ 10,72 (R$ 19,00) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam no dia 6, a R$ 390,39/saca e hoje, dia 13, a R$ 410,68 /saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 5 pontos.

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17 de outubro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

16/10/2009


O otimismo com o Brasil e sua economia continua em alta. Ainda hoje, o jornal Valor Econômico, em sua manchete principal, informa que, no curto espaço de três semanas, os bancos brasileiros aumentaram seu patrimônio em R$ 24 bilhões por meio da emissão de ações, de títulos de dívida subordinada e injeção de recursos do Tesouro Nacional. Um valor de proporções nunca antes vistas no Brasil e que analistas acreditam ser apenas o começo.
 
Este capital extra permitirá um aumento de até R$ 190 bilhões no crédito e os bancos têm revisado para cima suas projeções de aumento das carteiras neste e no próximo ano. Esta expansão certamente chegará aos mercados agrícolas e ao café, impulsionando os novos títulos de crédito (CDA, WA, LCA, CDCA e CRA) criados nos últimos anos e ainda pouco usados pelos cafeicultores.
 
O novo status do Brasil no cenário internacional e sua posição como maior “player” do mercado mundial de café, responsável por aproximadamente 38% do café consumido no mundo, permite que pensemos em formular novas políticas que agreguem valor às nossas exportações, derrubando taxações às nossas vendas de café industrializado em mercados no exterior.
 
Outro ponto que merece ser estudado e combatido é o tamanho do deságio sobre as cotações da bolsa de Nova Iorque imposto ao nosso café arábica em relação a outras origens. Ontem, em reunião extraordinária, o CMN – Conselho Monetário Nacional aprovou diversas medidas de apoio à agricultura, incluindo algumas ao café.
 
O mercado físico de café no Brasil trabalhou melhor esta semana, acompanhando um ambiente mais otimista na economia mundial, além de refletir a aproximação do período de vencimento do primeiro lote de opções de venda de café ao governo federal.
 
O clima que prejudicou a colheita e a qualidade da safra de café 2009/2010 no Brasil começa a causar preocupação e prejuízos na colheita de café em outras origens.
 
A Green Coffee Association divulgou que os estoques americanos de café verde totalizaram 5.333.294 sacas em 30 de setembro de 2009. Uma baixa de 199.942 sacas em relação às 5.533.236 sacas existentes em 31 de agosto de 2009.
 
Até o dia 15, os embarques de outubro estavam em 724.402 sacas de café arábica e 19.195 sacas de café conillon, somando 743.597 sacas de café verde, e 86.008 sacas de solúvel, contra 1.075.623 sacas no mesmo dia de setembro. Até o dia 15, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 1.287.183 sacas, contra 1.356.772 sacas no mesmo dia do mês anterior.
 
A bolsa de Nova Iorque – ICE, em uma semana (do fechamento do dia 9 até o fechamento de hoje), subiu 720 pontos nos contratos para entrega em dezembro próximo, ou US$ 9,52 (R$ 16,27) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em dezembro próximo, na ICE US, fecharam, no dia 9, a R$ 311,68 e, hoje, dia 16, a R$ 322,75.

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ESCRITÓRIO CARVALHAES ANALISA MERCADO CAFEEIRO NA SEMANA

Leia, abaixo, análise semanal do Escritório Carvalhaes sobre os principais pontos relativos à cafeicultura.


“O primeiro leilão de opções de venda de café ao Governo Federal, realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no último dia 15, quarta-feira, vendeu 100% dos 10 mil contratos (com 100 sacas cada um) ofertados, totalizando um milhão de sacas. Cada contrato foi negociado a R$ 950,15 (R$ 9,5015 por saca), com ágio de 526,13% em relação ao preço de abertura, de R$ 151,00.


A data de exercício destes contratos é 13 de novembro próximo, prazo para os compradores das opções decidirem se irão exercê-las por R$ 303,50 a saca (que descontados os R$ 9,5015 por saca pagos na compra da opção, livrarão R$ 293,9985 por saca, fora os custos de frete e preparo do café). Não foi divulgado qual o volume de contratos comprados por cafeicultores e por cooperativas.


Na próxima quarta-feira, dia 22, a Conab irá realizar mais um leilão de opções, desta vez para 20 mil contratos (dois milhões de sacas), em três lotes, de 8 mil, 7 mil e 5 mil contratos. A data de exercício do primeiro lote (a R$ 309,00) é 15 de janeiro; a do segundo (a R$ 311,70) é 15 de fevereiro e a do terceiro (a R$ 314,40), 15 de março.


A realização do leilão não influenciou o mercado de café esta semana, provavelmente devido à demora na implantação do programa e ao fato das datas de exercício das opções começarem apenas em novembro, permitindo aos traders trabalharem a vontade na entrada da nova safra, época de pesados gastos para o cafeicultor.


O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, reconheceu esta semana que há necessidade de uma intervenção mais forte do Governo na área do café. O ministro ponderou que o preço do café caiu muito e que deverá voltar a subir em setembro ou outubro, mas não estará mais na mão dos produtores. Na opinião de Reinhold, a cafeicultura é o setor mais crítico da agricultura.


Em nossa opinião, os preços não reagiram, mas o ambiente no mercado já começou a mudar. Os leilões e as declarações do ministro Reinhold Stephanes começam a dar um rumo ao mercado e esperança ao cafeicultor.


Até o dia 15, os embarques de julho estavam em 721.555 sacas de café arábica e 35.380 sacas de café conillon, somando 756.935 sacas de café verde, e 76.041 sacas de solúvel, contra 694.175 sacas no mesmo dia de junho. Até o dia 15, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em julho totalizavam 1.119.458 sacas, contra 1.409.145 sacas no mesmo dia do mês anterior.


 


A bolsa de Nova Iorque, em uma semana (do fechamento do dia 10, sexta-feira, até o fechamento de hoje), subiu nos contratos para entrega em setembro próximo, 430 pontos ou US$ 5,68 (R$ 10,95) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em setembro próximo na ICE fecharam, no dia 10, a R$ 302,96 e, hoje, dia 17, a R$ 302,73 saca. Nos contratos para entrega em setembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 305 pontos.”



 

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Escritório Carvalhaes analisa mercado cafeeiro na semana

18 de fevereiro de 2009 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado


Escritório Carvalhaes
16/02/2009


O plano de estímulo econômico americano apresentado pela equipe do presidente Barack Obama não foi bem compreendido pelos mercados e derrubou as bolsas ao redor do mundo. As cotações do café no mercado futuro acompanharam as quedas generalizadas e recuaram com força nos últimos três dias. Na sexta-feira, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votou a versão final deste plano.


 


No Brasil, os compradores tentaram repassar as baixas para os preços praticados no mercado físico, afastando os vendedores e derrubando fortemente o volume de negócios realizados. A semana terminou com o mercado físico praticamente paralisado, levando preocupação aos compradores que têm necessidade imediata da mercadoria.


Muitos cafeicultores mostram-se desorientados pelo desencontro das informações sobre quais linhas de financiamentos foram prorrogadas na última reunião do CMN – Conselho Monetário Nacional, o que ajuda na disseminação de boatos lançados por interessados em derrubar as cotações no físico brasileiro.


A notícia, divulgada pela Agência Estado, que, para liberar os armazéns, o governo brasileiro decidiu vender o final dos estoques públicos de café, estimados em apenas130 mil sacas de 60 kgs (o Brasil consome 1,5 milhão de sacas por mês) acabou, em meio ao desencontro de informações, sendo considerada como baixista por alguns operadores, quando na verdade, se confirmada, significa o fim do que restou dos estoques do maior produtor, maior exportador e segundo maior consumidor do mundo.


O diretor executivo da Organização Internacional do Café, Nestor Osório, informou hoje que não há indicações de queda na demanda de café com a recessão mundial. Segundo a OIC o consumo mundial de café deve crescer 1,6%, chegando a 130 milhões de sacas de 60 kgs em 2009.


Até o dia 13, os embarques de fevereiro estavam em 884.907 sacas de café arábica e 19.230 sacas de café conillon, somando 904,137 sacas de café verde, contra 816,884 sacas no mesmo dia de janeiro. Também no dia 13, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 1.316.508 sacas, contra 1.153.033 sacas no mesmo dia do mês anterior.


A bolsa de Nova Iorque – ICE, em uma semana (do fechamento do dia 05 ao fechamento da última quinta-feira), caiu 705 pontos ou US$ 9,33 (R$ 21,35) por saca nos contratos para entrega em março próximo. Em reais por saca, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam, no dia 05, a R$ 360,77 e, na quinta-feira, dia 12, a R$ 339,43. Na sexta, também nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 20 pontos.

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