ES: Jaguaré participa do projeto “Sabores do Campo”
Quem pensa que café serve apenas como bebida está enganado. Quem foi ao “Sabores do Campo”, no dia 28 de abril, no Espaço Agricultura em Movimento no Hortomercado de Vitória, constatou as inúmeras utilidades do principal produto da agricultura capixaba em receitas de bolos, tortas, doces, pães, geléias, compotas, licores, sucos, e outras.
Todas produzidas pela agroindústria familiar de um município relativamente novo, mas que já ostenta com o orgulho o título de ser um dos maiores produtores de café conilon do Brasil: Jaguaré, situado a 200 km de Vitória. A comunidade jaguareense participou da 18° edição do “Sabores do Campo”, e mostrou o potencial de sua agroindústria familiar.
O “Sabores do Campo” é uma promoção do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) em parceria com as prefeituras municipais do Espírito Santo. O objetivo do projeto é incentivar o trabalho da agroindústria familiar e divulgar os valores e as tradições culturais das cidades do interior, aproximando o campo e a cidade.
Para o produtor rural Antônio Giovanelli – um dos participantes do evento – o “Sabores do Campo” é uma oportunidade para agroindústria de pequeno porte divulgar o que faz de melhor em termos de qualidade e sabor. “O projeto, ao abrir espaço para a produção local, alavanca o agroturismo no nosso município e valoriza nossa agricultura”, diz.
O “Sabores do Campo” faz parte das ações estratégicas do Novo Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Novo Pedeag), que estimula o desenvolvimento social e a oferta de produtos e serviços de qualidade, a valorização histórica e cultural e a conservação ambiental das atividades rurais não agrícolas.
Jaguaré
O município de Jaguaré está localizado na Região Norte do Espírito Santo, a 203 km da capital. O clima da região é tropical quente, o relevo é ondulado, com vertentes curtas variando de 100 a 150m e a vegetação predominante no local é constituída de fragmentos de Mata Atlântica.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a população estimada do município, em 2008, é de 23.125 habitantes, dos quais 54,76% encontram-se na zona urbana e 45,24% na zona rural do município.
A principal atividade econômica do município é a cafeicultura, onde se destaca o cultivo do café conilon com uma área estimada de 21.000 ha. Com uma produtividade média de 574.487 sacas de café beneficiadas nos últimos quatro anos, a cafeicultura gera uma receita bruta anual de R$ 115 milhões e cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos, dos quais mais de 5.000 são gerados durante o período de colheita