Dr. Ernesto Illy
« Sou um cocktail de ciência e de negócios ».
Era assim que se definia Ernesto Illy. Uma frase simples, como ele próprio, que, todavia, lida em contraluz, revela a complexidade da sua história e, ao mesmo tempo, o enorme desejo de inovar e de experimentar.
Filho de Francesco, fundador da illycaffè, Ernesto nasceu em Trieste no dia 18 de Julho de 1925.
Tendo obtido em 1947 a licenciatura em Química na Universidade de Bolonha, contraiu matrimónio com Anna Rossi em 1952.
Em 1956 tornou-se comproprietário e administrador da empresa. De 1963 a 2005 foi o seu presidente e depois presidente honorário.
É um dos fundadores da Association Scientifique Internationale du Café (actualmente Association for Science and Information on Coffee) e membro da Physiological Effects of Coffee. Faz parte do Institute for Scientific Information on Coffee, preside o Coffee Promotion Committee da International Coffee Organization (ICO).
Em 1994 foi nomeado Cavaleiro do Trabalho e desde 1996 foi presidente, reeleito por diversas vezes, da Centromarca.
Ernesto Illy revolucionou a cultura do café do Brasil e do Mundo: procurando incansavelmente o expresso perfeito, incentivou a produção de café de excelente qualidade e o constante investimento na pesquisa. Conhecido como Embaixador do café, promoveu o Prémio Brasil de Qualidade do Café para Expresso, a Universidade do Café no Brasil, o Clube illy do Café. Todas estas iniciativas foram um estímulo para as instituições públicas e privadas, não só no sector do café. Por este seu empenho, ao longo dos anos, tornou-se cidadão honorário das cidades de Monte Carmelo, de Venda Nova dos Imigrantes e de Araponga; em 2004 recebeu a mais alta condecoração do Estado do Espírito Santo, a Comenda Jerônimo Monteiro e, por proposta da Associação Nacional do Café da Guatemala, nesse mesmo ano tornou-se Comendador da Ordem «Flor do cafè».
É um pioneiro, em Itália, da formulação da ideia que está na base do actual conceito de “branding”. De facto, afirma que a marca deve ser idealizada e realizada em função de uma promessa feita ao consumidor, e que a dimensão ética deve caracterizar não só os negócios em geral, mas também a vida e as actividades das próprias empresas.
Em 2007 tornou-se – pela segunda vez – um dos três “sábios” da Confindustria, com Luigi Attanasio e Antonio Bulgheroni, encarregados de indicar as linhas programáticas e os possíveis candidatos à sucessão na direcção da Associação.
Resta-nos o seu ensinamento: “a ética é a bússola do nosso comportamento”.