Equipe econômica segura leilões para safra agrícola

Por: Monitor Mercantil

Brasília – O Ministério da Agricultura está de mãos atadas para atender à demanda dos agricultores, que pedem o apoio governamental para sustentação dos preços dos produtos agrícolas, por meio de leilões de prêmios. Há, neste momento, três operações em suspenso: as de escoamento de milho e algodão e a de opções de venda de café.


Todas precisam passar por um novo processo burocrático: o de obter também o aval do Ministério da Fazenda, que, nos três casos, ainda não foi dado. Até o ano passado, os leilões eram definidos pelo Ministério da Agricultura, sem que fosse necessário pedir autorização da Fazenda.


No Ministério da Agricultura, há uma evidente insatisfação dos técnicos a respeito do tema. O próprio ministro deixou claro que não gostou da alteração. “É preciso tomar cuidado porque, se for para a análise dos vários órgãos, principalmente da área jurídica, não obedecerá às necessidades e à cronologia que nós precisamos para a movimentação de safras e para a sustentação da comercialização”, criticou o ministro Reinhold Stephanes.



Recursos somam R$ 2 bi


O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, defendeu a mudança nos procedimentos para a realização dos leilões públicos de produtos agrícolas. “A grande questão é que estamos tratando de subvenção e precisamos ter o mínimo de controle sobre os recursos públicos, que são significativos, como no caso dos leilões de algodão”, afirmou.


“Podemos ter alguns problemas do ponto de vista da rapidez, mas estamos falando em uma quantia de R$ 2 bilhões por ano”, ressaltou Bittencourt. (AE)

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