Equipe do Caminhos da Roça entrevista Mário Panhota da Silva gerente de mercado interno da Cooxupé

18 de fevereiro de 2011 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: EPTV

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18/02/2011
 
Norma exige padrão de qualidade do café interno

Cooperativa de café esclarece o que será exigido do café destinado ao Brasil
 
10h06
Caminhos da Roça


A equipe do Caminhos da Roça esteve na maior cooperativa de produtores de café do mundo, a Cooxupé, que fica em Guaxupé, Minas Gerais. Ela começou em 1932, como uma cooperativa de crédito agrícola e 25 anos depois foi transformada em Cooperativa de Cafeicultores.


A Cooxupé recebe o café de 12 mil produtores do sul de Minas, do Alto Paranaíba e do Vale do Rio Pardo, em São Paulo. Lá ele é processado e comercializado.


A repórter Fernanda Mitzakoff entrevistou o gerente de mercado interno da Cooxupé, Mário Panhota da Silva.


Fernanda – Como é o processo de trabalho aqui?
Mário – Aqui temos um laboratório que é responsável pela determinação da qualidade do café do produtor. O cooperado deposita o café na Cooxupé e assim que esse café é entregue nos nossos armazéns é retirada uma amostra que vai para o laboratório para determinar a qualidade dele em aspecto, bebida e classificação por defeitos.


Fernanda – É um processo longo, demorado?
Mário – É um processo delicado e demorado, tem que se analisar amostra por amostra e fazer a parte de classificação e depois de degustação, por isso é um trabalho que tem que ser feito com bastante carinho.


Fernanda – E aí já pode detectar qualquer tipo de problema?
Mário – Se tiver algum problema de bebida, de qualidade, a gente também tem um processo, onde assim que lançado no sistema é dado um alerta a todos os técnicos agrícolas e agrônomos e eles vão diretamente ao produtor para checar o problema.


E é para ampliar este controle de qualidade que foi criada a IN-16, que é uma instrução normativa do Ministério da Agricultura para o café vendido no Brasil. As novas regras são para o café torrado em grão e para o café torrado e moído, e entram em vigor a partir de segunda-feira, 22.


Fernanda – Qual o nível de impureza que vai ser aceito no café que é consumido no Brasil?
Mário – O percentual máximo de impureza é de 1% e outra determinação é com relação ao percentual de umidade que não pode exceder 5% no produto acabado. E também com relação à bebida e aroma, a IN determina pontuações q vão de zero a dez, com nota mínima de quatro para o consumidor. Abaixo disso será desqualificado e não poderá ser colocado no varejo.


Fernanda – Já existe um tipo de punição?
Mário – Até então não existia, com essa IN vai haver uma punição e também o distribuidor vai ser co-responsável.


Fernanda – O café vendido aqui vai ter a mesma qualidade do café exportado?
Mário – Esperamos que sim, existe hoje no mercado cafés do mesmo nível dos exportados, produtos refinados, a IN veio para regulamentar isso e para punir quem coloca café de baixa qualidade no mercado.
 
 

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