Através do Bureau de Inteligência Competitiva do Café do Centro de Inteligência em Mercados (CIM/UFLA), são apresentadas as tendências da cafeicultura no mundo através do Relatório Internacional de Tendências do Café, projeto que reuni, analisa e divulga
A informação se tornou crucial para a competitividade de qualquer atividade
econômica e com a cafeicultura não é diferente. Através do Bureau de
Inteligência Competitiva do Café do Centro de Inteligência em Mercados
(CIM/UFLA), são apresentadas as tendências da cafeicultura no mundo através do
Relatório Internacional de Tendências do Café, projeto que reuni, analisa e
divulga dados e informações que permitem aos agentes da cadeia agroindustrial do
café planejar e tomar melhores decisões.
Na edição de março, o relatório apresenta diversas informações na área de
produção sobre a cafeicultura africana, como o aumento da demanda pelos grãos de
alta qualidade do continente e a atuação de organizações sem fins lucrativos que
ajudam os produtores do continente. Segundo o coordenador do Bureau e professor
do departamento de administração da UFLA, Eduardo Cesar Silva, as informações
coletadas nos últimos meses mostram que a cafeicultura africana, atualmente, não
é tão competitiva quanto a do Brasil ou do Vietnã, os dois maiores produtores
mundiais. De acordo com ele, a própria regulação do setor cafeeiro definida
pelos governos dos países africanos prejudica a produção, mas como a
cafeicultura é uma importante fonte de renda para milhões de produtores
africanos, muitas organizações investem em treinamento para que os produtores
produzam mais e melhor e criam projetos sociais nas comunidades.
Na seção que analisa as tendências do café industrializado, um fato novo
merece atenção, segundo a analista do projeto e discente da UFLA, Acsa Gusmão,
“foi a proibição da compra de café em cápsulas pelos órgãos da administração
pública de Hamburgo, na Alemanha”. A justificativa para tal medida foi a
dificuldade que existe atualmente para reciclar essas cápsulas, que são cada vez
mais consumidas em todo o mundo. Para a analista, esta decisão pode influenciar
os políticos de outras cidades europeias e reflete uma preocupação crescente com
lixo gerado pelo uso das cápsulas. Por outro lado, as empresas do setor estão
investindo em programas de reciclagem e cápsulas biodegradáveis.
No setor de cafeterias, o analista e discente da UFLA, Fernando Hernandez,
destaca a competição entre as empresas do setor, que para ganharem mercado,
apostam na expansão para novos mercados, oferta de novos produtos e parcerias
com empresas de outros setores. Para a coordenadora da área de cafeterias do
Bureau, Elisa Guimarães, essas parcerias são importantes porque os parceiros
possuem conhecimento valioso sobre o público consumidor e as características do
mercado. Além disso, ajudam a reduzir o risco e os investimentos
necessários.
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