EPAMIG 2003/2006: Um salto para a auto-sustentabilidade

A diretoria da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) acaba de publicar o Relatório de Gestão 2003/2006. E o Relatório mostra que 2006 foi uma seqüência dos trabalhos de 2005, ou seja, a Empresa continuou crescendo e, ao mesmo tempo, fortalecendo suas bases para um crescimento sustentável nos próximos anos, como o pagamento da dívida trabalhista (quase R$18 milhões), cuja última parcela foi quitada em dezembro de 2006.


            De acordo com o Relatório de Gestão 2003/2006, a EPAMIG, nesses últimos quatro anos, registrou aumentos relevantes, como o de 275% nos investimentos em informática; de 188% na elaboração dos projetos de pesquisa  (em 2002 foram 36 e em 2006 foram elaborados 104): os projetos em execução tiveram aumento de 126% (105 em 2002 e 237 em 2006); eventos técnico-científicos registram aumento de 330%. Além dos números, algumas ações deram um novo rumo para a EPAMIG, como a criação do Núcleo EPAMIG Uva e Vinho, os Planos de Revitalização do Instituto de Laticínios Cândido Tostes e das unidades em Pitangui, Leopoldina e Caldas; a criação e a implantação do Programa Microrregional de Desenvolvimento Tecnológico da Agropecuária (Prodesag) e o pagamento da histórica dívida trabalhista, este um dos passos mais importantes da sua história: o patrimônio (avaliado em R$ 11 milhões) está livre do processo de penhora. Em dezembro a EPAMIG quitou a última parcela da dívida trabalhista, no valor de R$ 17.457.731, a qual foi contraída na década de 80, em decorrência do não-pagamento dos ajustes de planos econômicos. Um total de 776 empregos tem direito ao pagamento.


            As metas para 2007 estão fixadas e todo o trabalho da Empresa está focado nessas metas. Uma delas, segundo o presidente da EPAMIG, Baldonedo Napoleão, é – ainda neste Governo Aécio Neves – ter a Empresa presente fisicamente em todas as regiões de Minas, o que ainda não acontece.


            Para o presidente da EPAMIG, o balanço de 2006 foi fechado com resultados bastante expressivos. “Nós recebemos a EPAMIG numa situação muito difícil, assim como o Governador Aécio Neves recebeu o Estado com um déficit de mais de R$ 2 bilhões e situação complicada em diversos órgãos do Estado. A EPAMIG tinha uma dívida trabalhista de R$60 milhões, que vinha desde 1987, e um patrimônio de R$11 milhões. A conseqüência disto foi que todo o patrimônio da Empresa, ou seja, fazendas experimentais, sede, veículos e máquinas, laboratórios, tudo estava penhorado como garantia do pagamento dessa dívida e todas as contas bancárias bloqueadas. Além do mais, nós tínhamos uma dívida de R$20 milhões com INSS, FGTS e Imposto de Renda. O resultado de tantas dívidas, durante quase vinte anos, foi o sucateamento da Empresa, uma situação de desânimo, falta de confiança e de perspectiva entre os empregados. A situação era dramática. Eu fui nomeado para a EPAMIG com a missão de sanear as finanças da Empresa e restabelecer a sua capacidade de produzir pesquisas tecnológicas como retaguarda sólida do desenvolvimento agropecuário do Estado. E foi o que aconteceu nesse primeiro mandato deste Governo. A EPAMIG está  pagando a dívida com o Governo Federal (em dia); em dezembro passado quitou  a última parcela da dívida trabalhista (reduzida para menos da metade). A EPAMIG começa 2007 sem dívidas. Nós já começamos a fazer a recuperação da infra-estrutura de pesquisa e produção nas fazendas experimentais e nas instituições que a Empresa dirige. A situação é completamente diferente da vivida há quatro anos atrás. O clima é de otimismo, de entusiasmo”, comemora Baldonedo.


            Paralelamente a esse esforço para o saneamento da EPAMIG, teve início um trabalho de recuperação da capacidade técnica da Empresa. E a EPAMIG cresceu. No início de 2003, as verbas disponíveis para pesquisa somavam pouco mais de R$5 milhões. Hoje, as verbas estão na faixa dos R$30 milhões, ou seja, o volume dos recursos foi multiplicado por quase seis. Hoje a EPAMIG consegue aplicar recursos na recuperação da infra-estrutura de pesquisas, em laboratórios, maquinários, equipamentos e implementos. “O pagamento das dívidas foi um divisor de águas, era vital pagarmos essas dívidas, mas não trabalhamos nesse período apenas para pagarmos contas. E os números desse Relatório mostram isto.  Outro exemplo: Em 2002, a Empresa apresentou 36 projetos de pesquisa para obter financiamentos. E desses, só foram aprovados 13%. Em 2006, a EPAMIG apresentou 237 projetos e foram aprovados 60% deles. Está claro que os projetos de pesquisa cresceram  em volume e em qualidade”, explica Baldonedo.


            Outra iniciativa importante desta gestão, que teve como resultado a Fazenda Experimental Risoleta Neves, em São João del-Rei, foi a criação do Prodesag. Um programa que permite a criação de novas fazendas experimentais, em parceria com  prefeituras, municípios, universidades e com os próprios produtores rurais. Mas o Prodesag não é apenas para a criação de novas fazendas experimentais (em fases diferentes de criação estão as fazendas em Passos, Pouso Alegre, Juiz de Fora, Governador Valadares, Januária, Teófilo Otoni e Formiga). É, também, para melhoria das fazendas já existentes (20 até 2003). “Elas estão sendo abertas para o seu entorno, pois as pesquisas da EPAMIG não são feitas para ficarem nas prateleiras, para terem seus resultados publicados em artigos ou livros. A EPAMIG trabalha para disponibilizar tecnologia ao produtor rural do Estado, principalmente para os pequenos produtores. Não basta fazer pesquisa. É preciso fazer pesquisa e transferir a tecnologia e aqui cito outro dado importante desse Relatório da EPAMIG: os números referentes aos eventos tecnológicos, ou seja, dias-de-campo, palestras, seminários, encontros com os produtores. Nós passamos de 150, em 2002, para 620 em 2006 e a previsão para 2007 é de 670 eventos”, diz o presidente da Empresa.


            Outro destaque é o aumento da receita vinda da iniciativa privada que inexistia em 2002 e 2003. Em 2004 a EPAMIG recebeu R$29 mil; em 2005, R$42 mil e em 2006, R$58 mil. Esses dados, sinteticamente, mostram uma EPAMIG saneada financeiramente, trabalhando com qualidade e com grandes resultados para o desenvolvimento da agropecuária de Minas. De acordo com Baldonedo Napoleão, esses próximos quatro anos do Governo Aécio Neves serão de extraordinária importância para o crescimento da EPAMIG. Com as contas em dia, os recursos do Governo, que em 2006 repassou à Empresa R$28,5 milhões para pagamento de dívidas, serão destinados apenas para o atendimento às demandas por tecnologias dos produtores rurais/municípios, enfim, para o crescimento da EPAMIG, da agropecuária mineira e do Estado de Minas Gerais, garante o presidente da Empresa.


 





Metas para 2007


            A grande meta é aumentar o número de fazendas experimentais do Prodesag  em Minas Gerais, pois a distribuição das fazendas da EPAMIG no Estado é irregular. Existem oito fazendas no Sul e nenhuma no Vale do Rio Doce. Há três fazendas experimentais no extremo Norte e nenhuma no Centro Norte. Na Zona da Mata estão apenas duas fazendas. Não havia, até o final de 2003,  fazenda nos Campos das Vertentes. Ainda não há fazenda experimental no Alto Paraopeba. No Pontal do Triângulo também não há. “A maior meta da EPAMIG é incrementar e acelerar a implantação do Prodesag para que todos os produtores de Minas tenham democraticamente o direito de acesso às tecnologias públicas, gratuitas, que a EPAMIG produz para o pequeno produtor. Até 2.010, pretendemos criar mais nove fazendas experimentais, atingindo o total de 30 fazendas, para preenchermos os espaços vazios em Minas”, conclui Baldonedo Napoleão.


 


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