A alta da demanda em 10 milhões de sacas a mais do que a oferta nesta safra 2010 equilibra os preços do café.
Apesar da Organização Internacional do Café noticiar uma produção de café menor do que a estimada, isso não indica preços mais altos para os produtores. O analista de mercado Rodrigo Costa afirma que estes números são apenas uma confirmação da safra 2009-2010.
A temporada 2010-11 é uma temporada de safra cheia, o que, consequentemente, é capaz de compensar o déficit da safra anterior. Além disso, a relação entre estoque e consumo está equilibrada uma vez que o estoque não é tão baixo que possa promover uma alta dos preços e nem tão alto que posso causar um declínio nas cotações.
“Os números, em si, da OIC, confirmam o que o mercado já vinha trabalhando há algum tempo e não vão refletir em preços mais altos porque o mercado hoje está tentando identificar qual vai ser o tamanho da próxima safra brasileira, a qual pode ter um volume razoável que pode não contribuir para que os preços subam acentuadamente”, explica Costa.
Segundo o analista, o aumento da demanda também não é uma garantia de melhores preços. A demanda para 2010-11, que é de 135 milhões de sacas, também não influenciará na alta dos preços, pois a safra mundial estimada é de 140 milhões.